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sábado, 22 de outubro de 2011

A SÍNDROME DA POBREZA

A pobreza é um efeito e não uma causa. Um sintoma grave de que algo está errado na humanidade constituindo desastroso reflexo oriundo de ações no mínimo equivocadas.

       Desde o princípio o homem sofre de uma séria enfermidade: “a ignorância sobre si mesmo”, o que caracteriza profundo distúrbio que em ato contínuo plasma no ar denso resíduos de seus atos insanos, provocando diversos tipos de desequilíbrio. Aparentemente inofensivo, este tipo de legado desperta gigantes adormecidos voltados para o mal, criando significativos abalos na estrutura social onde a pobreza marca território com presença expressiva.
                
      Entendida por muitos como sendo uma questão de ordem subjetiva, a verdade é que a pobreza ultrapassa os parâmetros pessoais sofrendo também forte influência dos poderes constituídos que flexibilizam a mobilidade de determinadas classes em detrimento de outras.
                 
       De uma forma irônica, as pessoas menos favorecidas financeiramente são na realidade o estimulo propulsor que alinhado ao aspecto econômico e as oscilações políticas, dão suporte aos pilares que erguem faraônicos grupos organizacionais que efetivamente detêm poder para satisfazer as necessidades materiais do elemento humano, criando seu ambiente na sociedade. Embora essa fatídica realidade tenha diminuído sensivelmente seu raio de ação com a recente valorização técnica e profissional, além de variados programas de inclusão social existentes principalmente nos países de economia emergente, a pobreza ainda grita de maneira medonha e constante, assustando e anestesiando a atmosfera mundial.

      Analisando a pobreza de modo mais empírico e holístico, vamos observar que o desenvolvimento da vida humana ocorre através de uma série de fatores que de tão complexo exigem maturidade espiritual e inteligência, além de humildade, espírito democrático e inclinação para ouvir, observar e agir com prudência. 

     A pobreza não é fruto de um castigo do céu ou de um capricho de Deus. Sua base está fixada na preponderância do orgulho e do egoísmo enraizados no interior de milhares de pessoas. Essas pessoas fazendo legítimo uso do livre arbítrio resistem a mudanças e recusam-se a pensar com elevação, preferem agir e viver em sintonia com aquilo que criam e acreditam ser verdadeiro para elas, muitas vezes, iludindo e se deixando iludir, sintonizando e concentrando energia em pensamentos inferiores que as obrigam a conviver com sentimentos altamente contagiosos e negativos. 

     Por outro lado, quem é pobre materialmente falando, que não se preocupa com princípios e não quer desenvolver valores éticos e universais, encontra dificuldade de convívio com a sociedade, e o que é pior, não conseguem se interagir harmoniosamente com aqueles que o subjugam pelo poder do dinheiro do qual são possuidores, abrindo assim, uma zona de conflito tanto interna quanto externa, com pesados reflexos na própria personalidade contaminando drasticamente o contexto social no qual vive ou esteja temporariamente inserido. 

    Dessa forma torna-se pobre de espírito assemelhando-se por sinergia ao rico ambicioso e vazio de virtudes, porém, numa versão mais simples e bestial, causando atritos com o semelhante, sofrendo e transmitindo os efeitos colaterais de sua negatividade.

        A síndrome da pobreza só deixará de existir quando houver sobre a Terra a real predominância da nobreza de caráter, o extermínio da manipulação da verdade e o desejo unânime das falcatruas constitucionais, institucionais e organizacionais. Em síntese, quando existir o bem na sua mais ampla e genuína expressão. Enquanto isto não acontecer, a pobreza sempre estará presente e seremos reféns da sua existência com todos os seus inconvenientes. Sem este milagre humano seremos eternos expectadores de um fantástico crescimento parcial e desequilibrado que encherá nossos corações de ingênua esperança e nossos olhares de um êxtase falsificado acompanhado de imagens e sentimentos mentirosos.

      O fim da pobreza só vai acontecer quando fizermos alguma coisa de útil para transformar e transcender a nossa realidade e a realidade do outro. O resto são medíocres palavras configura ilusão de ótica e enfadonho discurso de certos intelectuais, filósofos e teólogos imbuídos de conceitos e sensibilidade acadêmica muitas vezes distante do processo natural e da evolução do ambiente humano.

                      
 By Waldir  José 


                                  

1 comentários:

Belas palavras ; conheço um pessoa que se enquadra sesta situaçao . um forte abraço a todos .

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