EU TENHO UM SONHO!
DESPERTAR AS CONSCIÊNCIAS ADORMECIDAS
Eu tenho um sonho que é a
minha Utopia indispensável para
tornar a vida mais bela, justa, liberta e humana, para o homem ser feliz,
pacífico e fraternal. Este sonho é a
minha fogueira de amor e de liberdade, para acender as trevas e o coração das
pessoas contra o desamor, a solidão, a submissão, a exclusão, a violência e o
egoísmo. Estes males terríveis que
provocaram o caos político, social, econômico, cultural, ecológico e,
infelizmente, o espiritual, em que mergulhou desastradamente a humanidade.
Desumanizado e doente da alma, o ser humano tornou-se algoz e o mega-inimigo da
vida. O nosso Projeto de Esperança, Paz,
Liberdade e Solidariedade é a Utopia do amor universal. É esta semente de
consciência e de respeito à dignidade da vida que temos de plantar em nossos
corações, para chegarmos à glorificação da Vida.
Na luta pela vida, ecoa o
nosso grito destemido: Se não
resistirmos, morreremos! Estas palavras precisam prevalecer sobre o
“Tsunâmi” inevitável da decadência que vem solapando os valores que contam:
bondade, compaixão e o respeito pelos Direitos Humanos, que têm de ser
inalienáveis. Se chegamos ao topo deste limiar de destruição que colocou em
risco os fundamentos sagrados da civilização, só nos resta resistir, para a Utopia indispensável da Esperança ser a
bandeira da salvação e de redenção, para termos uma vida mais liberta e digna.
Como defensor ardente da
Utopia do amor e da resistência civil pela não-violência em defesa da paz
mundial, e dos direitos humanos, faço de minhas palavras contestadoras o
pequeno poema do poeta Eduardo Alves Costa: “Na primeira noite eles se aproximam / e roubam uma flor / do nosso
jardim. / E não dizemos nada. / Na segunda noite, já não se escondem: / pisam
as flores, / matam nosso cão, / e não dizemos nada. / Até que um dia / o mais
frágil deles / entra sozinho em nossa casa, / rouba-nos a luz, e, / conhecendo
nosso medo, / arranca-nos a voz da garganta. / e já não podemos dizer nada.”
É por isso que a liberdade é sempre um tempo novo de se viver, e como a
luz azul dos sonhos, brilha mais que todas as estrelas dos céus.
Seria fantástico, vermos o povo organizado,
consciente e unido, em movimentos comunitários independentes, gerando seu próprio
destino, com cidadania plena, em níveis sociais verdadeiramente dignos, com
participações maiores de igualdade, liberdade e dignidade.
Seria maravilhoso, vivermos a utopia
indispensável que nos levasse a crer que a fome pudesse ser erradicada; que todo
homem pudesse morar e viver com decência, tendo acesso à assistência social e
médica, quando adoecesse e estivesse idoso, recebendo do Estado, uma
aposentadoria com assistência verdadeiramente humana.
Seria admirável, celebrarmos o fim da destruição ambiental
das nossas florestas, oceanos, mares, rios e nascentes, para contemplarmos e
vivermos uma Natureza realmente sadia, sustentável, exuberante, sem poluição e
sem o perigo de pandemias avassaladoras, causadas por vírus letais, oriundos da
falta de saneamento básico e de cuidados essenciais com a saúde pública. A
responsabilidade universal precisa ser compartilhada, dentro do espírito de
solidariedade que vise a família humana:
agora no presente e no futuro.
Seria essencial, vivermos o fim dos medos, das
guerras, da violência, do narcotráfico, do banditismo organizado, da violência
policial, das injustiças e da exploração do povo, para acabarmos com a
marginalização social e a exclusão extrema que vêm gerando a pobreza e as
desigualdades.
Seria fundamental, vermos os políticos
demagogos expulsos do Congresso, e da vida política para sempre e as leis serem
respeitadas com justiça e igualdade.
Seria glorioso, celebrarmos a vitória dos excluídos, contra
as desigualdades e a cruel insegurança do desamparo social, advindo do
monstruoso vampiro da Globalização, programada pelos banqueiros, tecnocratas e
burocratas, que só vivem para a ganância, o lucro e a exploração.
Seria ideal, que
a Globalização econômica, a favor do homem, significasse mesmo igualdade planetária,
com justiça social, e com valores éticos.
Meu sonho é rebelião e compromisso inviolável pela defesa da justiça, da
liberdade, da Ecologia e da espiritualidade, e principalmente, o direito
inexcedível de sonhar, mesmo utopicamente.
Num mundo, onde a identidade
se dilui a cada instante, e a fera insaciável do individualismo, aliada ao
egoísmo petrificam o coração humano,
Seria miraculoso, se o meu sonho não fosse
apenas um desejo louco de um poeta sonhador, mas a gloriosa vitória de nossa
perseverança e desafios pelo amor e a favor da fraternidade, para a vida ser
mais alegria, felicidade, paz e amor.
Não temos de ter medo de
amar o nosso próximo. Ser, verdadeiramente, humano é amar o outro com amor. Os
tempos atuais pedem mais humanidade e transcendência ao ser humano. A
tecnologia é uma conquista intelectual, mas é a geradora da atrofia espiritual
que vem insensibilizando o homem. Não
podemos esvaziar do nosso coração, a esperança de viver. A Paz na Terra,
depende do amor de cada homem. O bom combate é o que travamos, para acabarmos
com a omissão que alimenta a nossa sociedade egoísta, perversa e excludente. Nós combatemos: NÓS, seres humanos
sensíveis! Nós, que lutamos para a luz da justiça entrar nos abismos da
escuridão, que, ainda no século XXI, estrangula a democracia, a igualdade e os
direitos civis.
Nós, da resistência civil
pacífica pela paz e a não-violência, que queremos o fim dos preconceitos e de
toda segregação racial, étnica, sexual, política, cultural e religiosa. Nós,
que lutamos pelos direitos essenciais da mulher, das crianças, dos deficientes
físicos, dos povos indígenas, dos idosos e de todo aquele que é excluído,
submetido, assassinado ou perseguido socialmente.
Paz e amor!
Se não resistirmos,
morreremos!
Vidocq
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