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segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Teresópolis: Primavera Eterna

QUERO VIVER! BOM DIA, MÃE NATUREZA!
(...),
Há pessoas que só vão à floresta para caçar, cortar árvores,
poluir as nascentes ou apanhar lenha para fogueira, infelizmente!





                A beleza selvagem de uma floresta ou a luz faiscante da manhã, nascendo sobre as montanhas e em nossos corações, são a poesia do milagre da vida! Entretanto, a nossa evolução de caçador para agricultor, pastor, e para o homem urbano, ou da nossa primeira fogueira, na pré-história, para a luz maravilhosa de um "laser" e para o topo de um arranha-céu, o que podemos chamar de civilização e progresso, não reflete uma real garantia para as nossas vidas.

                A verdade, infelizmente, é que o nosso desenvolvimento industrial, tecnológico, eletrônico e, agora, cibernético, está matando a natureza e transformando o mundo num pátio frio de concreto, sem os recursos naturais vitais para a nossa sobrevivência: recursos essenciais como a água, ar e alimento!

                Temos de sentir a grandiosidade de que a floresta teresopolitana é vital para a Humanidade. Como militante ecológico e ativo sobrevivente da Resistência Civil Pacífica em defesa dos Direitos Humanos, há 50 anos, com profunda alegria, reafirmo, Teresópolis, em setembro, é o paraíso, o Éden da Ecologia, pois a cidade se transforma em um jardim arco-íris, na magia da Natureza. Tenho de gritar, (mais do que nunca) o meu Alerta Global: quero viver! Precisamos viver com mais amor e respeito, pela vida e a natureza!

                É fundamental dizer sempre: sem união e solidariedade, vamos viver no século XXI em minoria. O 3° milênio, a Nova Era, precisa ser um tempo colorido e de mais humanidade e consciência ética, para a cidadania ser plena e mundial. Só comprometidos com a defesa da vida, nos doaremos, como irmãos da natureza. Este deserto político, social, econômico, ecológico, cultural e espiritual tem de ser mudado por nossas ações de amor em uma nova proposta pela vida.

                A Ecologia é uma questão de sobrevivência das gerações futuras. Extrapola a ideologias, paradigmas econômicos e políticas partidárias. Não podemos mais escamotear problemas, como a fome, a marginalidade, a violência, a destruição programada do ambiente natural, a exclusão social, que são produtos da doença da alma.
                A luta ecológica nos convida a profundas reflexões. Como reconhecer que, com a nossa doença espiritual (o homem fera de si mesmo), estamos quase acabando com a Mãe Terra, destruindo tudo, em nome do deus-progresso, consumismo e sede de poder? A natureza está doente e poderemos morrer com ela. A hemorragia da destruição está difícil de ser estancada sem medidas radicais. O homem precisa perder a paranóia de que é o dono da Terra. Somos, apenas, um dos componentes do ecossistema terrestre, e tão frágeis, como uma folha flutuando na brisa.
                O abominável grito do deus-progresso é comer, com suas mandíbulas de ganância, o nosso futuro. Temos mesmo de abraçar a Ecologia como uma cruzada de esperança pela humanidade, vivermos uma rebelião consagrada à vida. A degradação ecológica e urbana de Teresópolis só será paralisada com a nossa resposta social, que é o nosso NÃO global aos despreparados criminosos da natureza. Só vivem, para o lucro fácil e querem acabar com o Verde e a vida de nossas matas, florestas e bosques. Que só vivem para criar mais edifícios-paliteiros, estas criminosas edificações, verdadeiras muralhas e paredões, que nos estrangulam a liberdade, sonhos e futuro.

                Estou triste e desolado com o genocídio programado contra as árvores da Reta, de praças e de muitas ruas e localidades, pela Prefeitura Municipal de Teresópolis, com a  descabida desculpa que as árvores sempre estão mortas ou doentes, quando é voz corrente que usam para matá-las produtos químicos, o famigerado agente laranja usado no Vietnã. Espero que o Ministério Público e as autoridades competentes hajam com rigor, para impedir que a arborização da Reta seja assassinada e a sua beleza seja substituída por uma selva de pedra, tipo a Av. Brasil.

                Sem planos para a Ecologia, a cidade cresceu e cresce caoticamente. O Plano Diretor não é cumprido, e os loteamentos e construções irregulares ocupam os morros, devastando as florestas e matas, acelerando o Deserto Serrano que devora o verde sobrevivente, infelizmente.
                De que nos adianta possuir estes milhares de fábricas, navios, aviões supersônicos, usinas nucleares, bombas atômicas, armas sofisticadas, se as chaminés do deus-progresso vomitam veneno sobre as nossas vidas? Meu amor pela Natureza de Teresópolis é uma aliança com a criação divina de Deus. Jamais realizarei uma ação para dominar a natureza, vivo e sou seu irmão de ligadura cósmica. A nossa cidadania precisa urgentemente ser universal. Uma integração costurada de maneira cosmogênica, sagrada, como o momento do nascimento de uma criança, de uma flor, de um bichinho. Somos todos criaturas de Deus e filhos de uma única mãe: a vida!
                O verde é vida!
                Se não resistirmos, morreremos!

                                                               Vidocq Casas

                       

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