Um dia tuas águas
deixarão de ser azuis
e os homens
colherão o que plantaram:
fumaça, esgotos, chorume, lixões
e águas podres...
Eras bela,
a flor única radiante
e efervescente:
a rosa perfumada carnuda
como a boca sensual de meu amor...
Onde estão as tuas florestas,
teus pássaros e os bichos de minha infância?
E o verde clorofila
que hoje se contorce
e seco como ossos
flutua no pó branco da morte,
no oxigênio que se evaporou
como o ar de nossas vidas.
As pessoas todas estão de máscaras,
com medo de doenças...
Só o poema
interroga o mundo
acende a fogueira
do amor
e evanescente
a vida brota
na semente da Esperança!
Eu quero mesmo
é que dos meus sonhos
a Terra seja
Vidocq Casas
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