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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

AS ENFERMIDADES DO SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) agoniza. Sua eficácia se reduz ao plano teórico e o que as autoridades governamentais dizem sobre esse tema é um engodo. A verdade é única: a saúde pública no Brasil mata com ares de legalidade milhares de pessoas todos os dias prestando um serviço desumano, burocrático e recheado de negociatas o que em suma significa que o direito a saúde que todo o cidadão tem é mutilado, configurando-se uma maquiagem mal feita na face da sociedade, servindo ainda como moeda de troca em meio aos sórdidos interesses políticos. A saúde do heróico e incansável povo brasileiro virou um bolsão de negócios fraudulentos que tem levado o setor a colapsos constantes com resultados pífios e repugnantes.
               
A manutenção da saúde pública é um dever do estado (que, diga-se de passagem, não faz nada de graça para ninguém). Tudo o que o governo oferece em termos de benefícios não corresponde nada mais nada menos que sua obrigação, uma vez que o dinheiro acumulado para projetos sociais sai do bolso do trabalhador o qual é diariamente tributado.
                
 Criado a 23 anos o modelo de saúde que abrange o território nacional apresenta falhas grosseiras no âmbito estrutural e na esfera executiva. O sistema que deveria oferecer um serviço de qualidade não cumpre com sua função social expondo além de suas mazelas a fragilidade do governo e a imoralidade política reinante. E por que digo isso? Porque um país que usurpa os direitos dos seus cidadãos é indigno a meu ver de ostentar a flâmula da democracia, muito pelo contrário, apresenta um caráter administrativo demagogo e parcial, se impondo não por resultados concretos e eficazes, mas por medidas inconstantes e frívolas, ladeadas ainda por inadmissíveis e medíocres bravatas.
                 
 A questão da saúde pública tornou-se um objeto de análise e estudo sistemático, tão delicado e prioritário quanto a sustentabilidade ambiental, exigindo ações enérgicas e permanentes. Os debates em torno do assunto devem ser explorados e aprofundados levando em consideração os clamores da população e a forma de atuação do estado o qual tem se mantido omisso, assumindo uma postura predadora. O estado precisa ser monitorado e questionado para que cumpra com seu dever que é promover o equilíbrio social elevando o índice de desenvolvimento humano. Não basta o estado criar leis para disciplinar o setor da saúde, é preciso que as mesmas estejam em sintonia com as necessidades impostas pela demanda, alinhadas ao progresso científico e o que é mais importante, que sejam cumpridas. Há uma certa urgência da descentralização de políticas médicas e lógico, de ações mais efetivas por parte do governo federal visando garantir o acesso do cliente SUS aos serviços modernos com tecnologias avançadas a exemplo do que já ocorre no sistema SUS gerido pelas organizações sociais de saúde, uma boa alternativa mas que ainda não atinge o coletivo, ficando restrito a poucos privilegiados.
                 
O governo precisa ter em mente que quem usa o serviço do SUS são pessoas que na sua maioria tem renda de no máximo dois salários mínimos e não podem arcar com os custos de um plano de saúde ou atendimento estritamente particular. Deve levar em conta também, que uma infinidade delas estão desempregadas tendo no SUS sua única alternativa de obter atendimento médico, medicamentos e fazer seus exames. Isso sem contabilizar os clientes de convênios que usam o sistema público de saúde para fazer tratamento de alta complexidade sem cobertura em seus planos, onerando ainda mais os cofres da União aumentando a desigualdade e promovendo o desequilíbrio.
                
Defendo uma maior participação do Governo Federal envolvendo-se com a causa acompanhando o destino dos recursos liberados através de auditorias sérias e contínuas, cobrando o cumprimento das metas e punindo severamente os responsáveis por desvios; tanto de conduta, quanto financeiro.
                 
Alguma atitude tem de ser tomada. Não da mais para se conviver com este descaso das autoridades competentes. Não da mais para suportar as enfermidades do SUS e seus efeitos avassaladores, um país livre é um país sadio.



By Waldir José 


                                                                                

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