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sábado, 4 de junho de 2016

INVESTIMENTO CIENTÍFICO

       O Brasil investe pouco em estudo e pesquisa. O Brasil não investe seriamente em ciência. Esta é uma indesejável notícia que coloca o país numa posição frágil em relação aos modernos avanços tecnológicos e científicos e podemos seguramente afirmar que nesse aspecto como em muitos outros somos ainda micro num ambiente real macro, uma vez que vivemos encarcerados numa atmosfera política tacanha, ornamentada de belas retóricas mas na prática deteriorada, capenga por dentro e por fora.

            Diferente de outros países, o sistema político brasileiro não se preocupa em mobilizar investimento científico, isto não está inserido em sua pauta de prioridades. Os financiamentos não correspondem as expectativas, os recursos liberados são escassos e prejudica sensivelmente a produção de conhecimento e o que é pior, não há sinal de melhora.

            Recentemente a Academia Brasileira de Ciência (ABC) completou 100 anos e embora tenha casos isolados de sucesso a comemorar em seu centenário a verdade é que coleciona mais decepção do que êxito pois mesmo que a respeitosa instituição não declare, na vida os resultados finais de um processo confirmam a realidade em que se vive mesmo que temporariamente e não precisa ser nenhum cientista para compreender que os resultados científicos no Brasil são pífios.
            Segundo a neurocientista Suzana Herculano-houzel que saiu da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para a Universidade de Vanderbilt (EUA) que ganhou os holofotes midiáticos ao contestar a baixa qualidade do campo científico no Brasil, as condições que embasam a atuação dos cientistas brasileiros são degradantes. Pessoas qualificadas segundo ela, são contratadas em centros universitários como professor e não há incentivo à pesquisa. Já o presidente da Academia Brasileira de Ciência Luiz Davidovich diz que a falta de comprometimento com metas mais ambiciosas para a produção científica pode estimular a ida dos pesquisadores para outros países. 

              A própria Academia já propôs ao governo um aumento no orçamento para pesquisa até que ele corresponda a 2% do PIB nacional até 2020. A Academia também defende que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação seja dirigido por Ministros com visão holística, comprometidos com teses universais, como a evolução das espécies. Ainda de acordo com a Academia, o Ministério deve ser ministrado de forma laica.

            Num outro cenário a física italiana Fabíola Gianotti que lidera o LHC, o maior acelerador de partículas do mundo, encabeçou um estudo que durou 4 anos ao custo total de dez bilhões de dólares com o objetivo de encontrar provas inequívocas de uma partícula subatômica uma das peças dos 61 elementos que baseiam as teorias fundamentais da física que faltava ser observada em laboratório. Essa descoberta segundo a cientista lança luz sobre 5% da composição do universo exibindo um pouco mais do porque da sua existência.
            Quando obtenho uma informação desse nível fico feliz por saber que ainda se estuda e se pesquisa neste planeta e que apesar de tudo existem sistemas de governo que se preocupam com o assunto. O que muitos governos propositalmente fazem é importar métodos científicos caríssimos que não ficam a serviço da população ou simplesmente não o fazem mantendo uma política retrógrada relegando a ciência a segundo plano. 

          Outros entretanto me parece desconhecer plenamente que as descobertas mudam o ciclo existencial, viram as costas para as pesquisas pois visam fórmulas prontas e arcaicas de desenvolvimento humano e mesmo sendo céticos acreditam que são poderosos e que podem resolver tudo com a imaginação de poder que dizem possuir, ao meu parecer um descompasso grave que fere a realidade evolutiva da vida.


        Concluindo devo dizer que a ciência é fundamental, precisa de investimentos, precisa de incentivos, ela tem finalidade sim, pois contribui integralmente para nossa expressão no mundo. O Brasil precisa se adequar a esta realidade, precisa evoluir. Precisa de amplitude e de novos horizontes, precisa de encorajar seus pesquisadores, precisa de ciência.

By Waldir José


         





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