Viver tudo de bom que a vida tem a
oferecer pode parecer algo supérfluo, entretanto sobreviver é necessário. A
sobrevivência é um instinto do homem e por ela ele é capaz de tudo. A carência
das necessidades físicas e materiais pode leva-lo a cometer desatinos e neste
caso a questão da sobrevivência pode lhe trazer problemas, pode lhe ser
perturbador.
Vivemos
numa sociedade cada vez mais excludente, elitista e exclusivista onde poucos
tem muito e muitos nada tem. A ganância e a falta de solidariedade é um mal
enraizado no coração do homem. Desde que o mundo passou a existir o egoísmo é o
grande vilão que rouba a paz e escraviza a essência humana relegando-a a um
plano inferior, destruindo-a por completo. Neste cenário árido a luta pela sobrevivência
tornou-se fundamental contrapondo-se ao lado egóico do homem que predomina
contaminando toda a face da terra. Absorto em si mesmo o homem do século XXI só
conhece e respeita um deus, o dinheiro, o poder econômico neoliberal que ocupa
100% dos cérebros humanos. Todo mundo quer ter os bens que o dinheiro compra e
aí se instala uma grande e louca corrida que gera inúmeras adversidades e um
universo de conflitos subjetivos e sociais. Quem tem muito dinheiro quer
preserva-lo e conseguir mais a todo e qualquer custo, já que não dispõe de
muitos recursos econômicos busca desesperadamente obtê-los não se importando de
utilizar meios escusos para alcançar seus objetivos capitalistas. Tudo em prol
de um capricho, tudo em nome de uma suposta sobrevivência.
O
momento atual mostra-nos claramente o apogeu e o domínio do individualismo.
Ninguém se preocupa mais com ninguém. A impressão que temos é que vivemos
encurralados numa arena infestada de feras com aspecto humano brigando entre
si. Sobreviver a isso não é fácil, exige alto grau de desprendimento e empírica
vontade de se fazer o bem sem focar recompensas. Exige incondicional respeito
ao próximo, exige incondicional respeito a nós mesmos.
As
grandes aflições no campo humano nunca serão solucionadas no ambiente político.
A política tem sua parte a cumprir não resta dúvida, mas nós temos por herança
genética um universo interior a ser administrado. Negar isso é negar nossa
própria existência. É nosso dever monitorar nossas próprias ações para que as
mesmas tenham sempre um sentido positivo impregnadas em si mesmas. Para que
isso ocorra todos os nossos atos, pensamentos e palavras devem ser acompanhados
de perto pela sabedoria, não a sabedoria intelectual apenas, isso me soa
simples de mais, mas por um saber sublimado, mais próximo da humildade e do
amor.
Querendo
ou não somos nós mesmos que criamos situações constrangedoras, adversas e
compulsoriamente ficamos sujeitos aos resultados das mesmas, dificultando nossa
sobrevivência, deixando-nos muito mais propensos a dor e ao sofrimento.
Precisamos nos melhorar sempre,
precisamos viver amplamente , e não apenas sentir a passageira sensação de
estarmos vivos. Precisamos viver com dignidade.
By Waldir José
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