Há muito
o que melhorar e mudar, tanto em nós, quanto no mundo. Este mundo veloz,
tecnológico, virtual, digital e globalizado, em que vivemos, tão cheio de
regras, leis, instituições, códigos, proibições, opressão, exclusão, posturas e
padrões relacionados à política, à ciência, à religiosidade, às artes e à
cultura. Este emaranhado de coisas ligadas à vida em sociedade, infelizmente,
longe dos preciosos valores humanos, dos bens, como a amizade e o amor, está
transformando o mundo numa sociedade de mercado. O Estado que deveria nos
proteger, transformou-se numa usina de absolutismo e só cria políticas a seu
favor, violando a plenitude da cidadania – a liberdade do homem.
O homem
precisa ser livre e o regente de sua vida e liberdade. Acredito que, só seremos
realmente livres e mais humanos, quando o ser humano amar o seu semelhante,
como a um irmão, e com profundo respeito à dignidade da vida. Esta virtude
amadurecida na consciência coletiva, será a salvação da humanidade pelo
convívio social, que é o reconhecimento de que a vida é um dom divino e um
direito inviolável e inquestionável, extensivo a todas as formas de vida.
Este
respeito necessita ser universal e germinado, no coração e na alma, com a luz
cadente do amor. Um belo modo de viver, certamente, é esta integração do
espírito com os valores éticos, fazendo do homem um ser amorável, livre e
humanizado pelos preceitos da Paz e do Amor! Bens morais, que o dinheiro ainda
não compra, em muitas pessoas felizmente. O futuro só acontece com a luz do
sonho! Precisamos de mais sonho, vagarmos nas ondas profundas da imaginação,
porque a vida é feita de mudanças e incertezas.
A poesia
me ensinou que o fetiche da vida é o fogo do amor! A revolução tecnocientífica
está fazendo do homem um banco de dados, que a robotização e alienação da
Internet, rouba-nos a voz natural e poética do diálogo com o nosso semelhante.
Hoje, a maioria das pessoas está mergulhada no vendaval das Redes Sociais,
fragmentada em celulares, tablets, e-mails, SMS, photoshop, facebook...
Creio
que só vagando no mar arco-íris dos sonhos, nos salvaremos de uma vida fria,
solitária, monótona, automatizada e condenada do ilusório abismo eletrônico da
cibernética. Com a alma digitalizada e insensível, já somos uma civilização
matriz no pesadelo virtual. É importante dizer que a metáfora da felicidade não
tem parâmetros definitivos, fórmula ou magia, pois o que se espera ou se deseja
do bem e da felicidade, é uma questão individual. Cada um tem a sua busca,
sonho, desafios a vencer nas transformações, revolução e mutações da vida.
Eu
escolhi lutar pelo bem-estar coletivo. O direito de vivermos em liberdade,
sermos o dono de nossas idéias, ideais, sonho e criação. A sociedade do Século
XXI não pode continuar consumista, niilista e mercantilista, refém do
Estado-Mercado, opressor, elitista e programado por empresários, banqueiros,
políticos e militares sedentos por poder e dinheiro, que controlam o
sofisticado
complexo-industrial-militar.
O Leviatã da violência de nossa beligerante civilização, monstro gerador do terrorismo, do tráfego de armas e criador do moderno arsenal da morte – armas químicas, bacteriológicas e atômicas. O paiol da morte que se alimenta e legitima guerras, fome, desgraças e destruição. Mal que, dia a dia, cria legiões de sobreviventes mutilados, crime de lesa-humanidade imperdoável.
Já somos
mais de 7 bilhões no planeta, com o agravamento de que já existem mais de 925
milhões de pessoas vivendo com fome crônica, além de quase 2 bilhões em pobreza
extrema, lamentavelmente. Esta é a hora D de repensarmos a vida, lutarmos
coesos e solidários para acabarmos com o abismo social entre ricos e pobres.
Utopia ou sonho são necessários e vitais para que o topo da pirâmide social não
permaneça no Everest da exclusão, mal que ultraja e sufoca o ser humano. O
Brasil, ainda tem 2 milhões de brasileiros, vivendo no caos tenebroso da
escuridão por falta de luz elétrica. Esta desigualdade aberrante tem de ser
vencida, em todas as regiões do país, seja zona rural ou urbana.
O Brasil
pelo qual lutamos e queremos socialmente livre, não é o Brasil ilusão,
conectado na TV Globo na novela “Império” das 21 horas, mas sim, um Brasil
novo, um mundo para todos, mais igual, justo e globalmente humano.O Brasil
que não aceita a saúde do seu povo no CTI, à espera da morte, na vergonhosa
situação de que em 15 municípios do Estado do Rio de Janeiro, sendo 7, na
Baixada, não gastaram com a Saúde em 2011 nem um real/dia para cada habitante,
onde São Gonçalo, com quase 1 milhão de habitantes, gastou apenas 0,57, parcela
de apenas 21,01% na crise extensiva ao país, quando sabemos (infelizmente) que
o Brasil tem a maior taxação de impostos do planeta, que só exaure a
sobrevivência social do povo. O Brasil que se revolta com 1,7 milhão de jovens
entre 15 a 17 anos fora da sala de aula, segundo a Pmad (Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios) e que acusa também o trabalho infantil, entre 3,7
milhões de jovens de 5 a 17 anos. Esperamos que o novo Governo da Presidente
Dilma se volte verdadeiramente para a saúde do povo, que não pode continuar
sucateado e refém de políticos demagogos, corruptos e dilapidadores dos cofres
públicos, que continuam impunes em mensalões e outras mazelas inconcebíveis.
O
compartilhar social não só engrandece a nossa consciência coletiva, como nos
faz enxergar a luz, no fim do túnel, para a ressocialização do homem, uma
civilização por todos, universal. Os que “herdarão a Terra”, somos nós do
presente, que, agora, trabalhamos para o futuro viver para todos. Um novo
tempo, onde todos trabalham e lutam para a vida ser justa, digna e solidária.
Não devemos, nunca, abrir mão do sonho, da felicidade e da convivência
fraternal, para a conquista de uma vida prazerosa, feita de poesia e do êxtase
do amor.
Se não
resistirmos, morreremos!
Vidocq
Casas
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