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quinta-feira, 3 de abril de 2014

PRECONCEITO A OLHO NU

O preconceito vem sendo discutido ao redor do mundo de maneira clara e objetiva o que tem causado muita polêmica dando origem a vários projetos de lei, sendo explorado pela mídia sensacionalista, aplaudido por ultraconservadores simpáticos ao autoritarismo e execrado por pessoas mais libertárias, dotadas de pensamento progressista. O assunto é moda em todo tipo de mídia e, óbvio nas redes sociais as quais de fato tem sido a grande e moderna voz do povo.



A espécie humana carrega dentro de si uma fagulha de preconceito e isso de certo modo proporciona a existência de uma sociedade inflamada, separatista, excludente, assimétrica e pouco comprometida com os valores e direitos humanos. Junte-se isso a cultura de determinados países que equivocadamente ainda discriminam as pessoas baseando-se em argumentos jurídicos, políticos, religiosos e históricos terrivelmente ultrapassados e distantes da realidade contemporânea, não afinizando-se com a expansão do complexo e dinâmico século XXI, regido por aspirações democráticas, ancorado pela alta tecnologia e pesquisas científicas. Este tipo jurássico de comportamento trucida o legítimo direito a vida e a liberdade de escolha. Chega a ser incrível mas em diversos lugares do globo terrestre ainda sobrevive a escravidão física e psicológica oriunda principalmente do preconceito de classe, um absurdo inconcebível porém pertinente e quase inviolável.

A olho nu vemos e sentimos o preconceito, assim, como percebemos a maioria dos males sociais que ele provoca e que estão cada vez mais explícitos. O preconceito social que ultrapassa todos os limites de tolerância é a raiz de todos os demais afligindo a identidade humana em toda sua forma de sentimento e expressão. Num ambiente cada vez mais elitista, consumista de inquestionável viés econômico, a posição que o indivíduo ocupa na sociedade serve como parâmetro para preconceituá-lo ou não manipulando inclusive seus direitos perante a constituição afetando integralmente sua relação com os demais contribuindo ainda para fragilizar seu universo interior, gerando conflitos que criam resultados drásticos de características psicossomáticas.



Pessoas ou grupos vítimas de preconceito tendem a se isolar e buscar refúgio na solidão tornando-se menos produtivas no trabalho e em suas atividades diárias, formando com outros considerados “iguais” um círculo social tímido achincalhado e privado de uma convivência sadia, digna e humana. Todavia, esta tosca realidade vem mudando e o preconceito tem encontrado resistência dos preconceituados que ganham cada vez mais espaço na esfera jurídica garantindo dessa forma seus direitos na vida cotidiana.

Sinceramente acredito que o preconceito é utilizado com a asquerosa intenção de diminuir as pessoas uma vez que quem assim se procede tenta impor-se sobre os demais como se estivesse acima do bem e do mal, considerando-se um ser perfeito. Uma estúpida forma de se ver a vida que cai por terra ante uma análise de consciência sincera e profunda onde se é possível detectar falhas íntimas ainda não reveladas e oculta por uma falsa personalidade deixando claro que todos nós temos defeitos, e portanto, não somos melhores que ninguém nem diferente dos demais. A verdade é que nós seres humanos temos sim mania de grandeza, salvo raríssimas exceções. E cá pra nós isso é feio demais.

Waldir José

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