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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

CANÇÃO BLACK, OU O TERRÍVEL SÉCULO XXI (...),

O crepúsculo e a aurora estão enfumaçados, são um véu cinza chumbo como gigantesca nuvem negra sobre as cidades. A paisagem mudou.

É, como se o sol desta bela manhã primaveril fosse a noite eterna da solidão!

Um homem ri e chora...

Procuro a bela e velha floresta da minha infância e a vejo, em montanhas e montanhas de paredões de cimento, muralhas coloridas de edifícios cobertos de torres e antenas eletrônicas.

Sinto-me sufocado, um saco vazio voando nos buracos negros do vazio idiota das ilusões...

Nas ruas e nas gigantescas avenidas algemadas por viadutos e pontos, milhões e milhões de automóveis, ônibus e caminhões, circulam velozes como um tsunami metálico em extremo movimento. Numa sinfonia infernal de trovões e TAM-tam de tambores, as pessoas passam apressadas, loucamente apressadas, que as areias do destino levam para o Eldorado glacial do sem fim da Eternidade. O ar que respiro e respiramos, cheira à gasolina queimada e à fuligem das fábricas e da poeira fosforescente do progresso de suas usinas atômicas, vampiras letais da vida.

Muita gente tosse e tosse, com o rosto contrito, como máscaras de ferro amareladas de tristeza e pânico.

Um espectro holográfico da Esfinge de Tebas tenta descobrir para qual buraco negro iremos.

Com uma bomba de amor explodo o olho espião da NSA, o ditador BIG Brother, para a felicidade e a paz reinarem e florescerem em nossas almas e corações...

Uma chuva de saudade varre a minha memória, com folhas de luz e flashs cinematográficos, e relâmpagos de fogo verde iluminam as florestas que resistem viver, onde assomam passarinho e bichinhos ariscos, que voam na brisa com o rio azul do arco-íris de minha doce imaginação...

Na minha saudade, há buracos de luz dos olhos brancos do tempo. Creio, que um século é um momento de asas.

Nos céus cinzentos, a luz azul que eu amava, está inconcebível como uma esfera preta ônix brilhante e vagante, no Cosmos, como navio fantasma.

Sou apenas um peregrino poeta sonhador, que chora, sonha e grita, desesperado por flores vivas, por rosas vivas, por jasmins e orquídeas banhadas pela canção mágica e alegre dos passarinhos...

Detesto aviões e satélites espiões e os aviões clones que jogam mísseis no legalizado genocídio cirúrgico dos EUA.

A América louca matou o Obama Esperança, que, agora, é um prepotente xerife republicano, usina do mal fabricante do terror legal e sedento por invadir a Síria, guerrear só para matar inocentes e destruir por petróleo e dólar, dólar-dor, dólar-agonia, dólar-caveira...

Ó cara, dólar não é vitamina, nem hambúrguer do MC Donald...

O que é a liberdade?

Será irmos ao cinema comer pipoca e beber coca-cola ou comprar um celular andróid 4,9 ou fazermos amor com nossa garota?

Minha consciência está com insônia e delira raivosa, depois que eu soube, que morrem 15.000 pessoas por dia, de fome e mais da metade, são crianças indefesas!?

Um homem chora de raiva e quer Esperança!

Espanto para o infinito, um batalhão de soldados fantasmas que metralham em ritmo de rock´n roll a deusa vida!

Nos olhos destes soldados macabros cascavéis chocalham com os olhos gelados da morte...

Livre, livre, livre!!!

Nos abismos do futuro um homem grita, LIBERDADE!

Sonha e luta indomável por Esperança e amor!



Vidocq Casas





Se não resistirmos, morreremos!

Paz e Amor,

Por um mundo universal.

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