O câncer é uma doença
temida, silenciosa e que leva milhares de pessoas à morte ao redor do mundo. A
vida estressante que vivemos, alinhada a má alimentação, sedentarismo,
tabagismo, álcool e drogas que culminam com profundos e doentios desequilíbrios
emocionais e físicos, são alguns dos fatores que influenciam diretamente no
surgimento da enfermidade, potencializando sua ação devastadora no organismo.
Segundo especialistas, a predisposição genética presente em alguns indivíduos
também exerce forte influência na aquisição de tumores de natureza maligna.
Recentemente um grupo
de pesquisadores de 12 países do continente americano detectou que o câncer
avança na América Latina através de terreno favorável a sua evolução,
imprimindo terror as suas vítimas. A base deste descalabro encontra eco nas
deficitárias políticas de saúde pública que afetam essas nações, inclusive o
Brasil. Por conta disso, o estudo concluiu que se a ótica governamental desses
países não sofrer alterações positivas, significativas e abrangentes em torno
deste gigantesco desafio, estima-se que 1 milhão de pessoas vão morrer de
câncer a partir de 2030.
A situação é
preocupante, pesquisas apontam que a proporção de pessoas que morrem da doença
na América Latina é maior em comparação por exemplo com os EUA onde o acesso ao
sistema público de saúde é mais eficiente, com maior grau de decência e
comprometimento.
Para escrever este
artigo pesquisei o assunto e muito me surpreendeu o investimento que o
Ministério da Saúde fez no Brasil nos serviços de oncologia em 2012 quando o
montante ultrapassou a casa de R$ 2 bilhões, só este ano, 2013, milhares de
reais já foram destinados a pasta visando atender as demandas oncológicas no
país, porém, noto que o problema não se restringe apenas ao valor econômico
aplicado ou não em relação a doença, mas sim, como é feita a sua distribuição.
Aí começa um entrave político de grande proporção que engloba desde
vulnerabilidades administrativas a monumentais desvios de verbas, causando
considerável prejuízo a quem necessita de atendimento.
Nos grandes centros
urbanos existe maior agilidade no combate ao câncer, entretanto, no interior do
país em meio às populações indígenas a situação é trágica. A carência de
médicos e exames nestas regiões expõe os habitantes a demora no atendimento o
que amplia o risco de metástase e assentamento de agentes cancerígenos. Embora
o Ministério da Saúde conteste esta triste realidade, o fato é que no Brasil
várias pessoas morrem de câncer devido à falta de um procedimento ético e
preciso relacionado principalmente ao grande descaso promovido pelo poder
público.
Entretanto, uma
agenda positiva vem sendo construída por parte do governo federal destinada ao
tema. Tímidos pontos começam a surgir no pálido cenário que envolve a difícil
luta contra o câncer.
Alguns convênios têm sido criados visando diagnosticar e
tratar por exemplo o câncer de colo de útero nas regiões norte e nordeste onde
já foram aprovadas 31 propostas. Devo ressaltar que o câncer de colo de útero e
de mama são os que mais atingem as mulheres. Nestes convênios, foram celebradas
ampliações de 80 serviços de radioterapia o que equivale a um aumento de 32% de
assistência aos pacientes deste tipo de câncer no Brasil.
Estamos em estado de
alerta e eu desejo sinceramente que as autoridades competentes se sensibilizem
por esta dura realidade que afeta nossa gente. O câncer é uma doença maligna de
característica degenerativa que causa dor, sofrimento e sequela aos seus
portadores e respectivos amigos e familiares. O que se espera de fato, é que a
América Latina saia deste quadro terminal de saúde pública e que seus gestores
administrem com zelo, competência e responsabilidade, mantendo a consciência e
juízo coletivo, pois só assim poderão humanizar suas ações, HUMANIZANDO TAMBÉM
O ATENDIMENTO PRESTADO A POPULAÇÃO.
by Waldir José
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