Muito tem se discutido sobre a volta da inflação, o fantasma dos juros estratosféricos e a aparente estagnação da economia brasileira. Os motivos destes debates surgem principalmente devido a frágil estrutura governamental capitaneada pela presidente e economista Dilma Rousseff que tem gerado seguidos equívocos comprometendo também sua popularidade como gestora pública, provocando abalos que podem afetar drasticamente a sonhada reeleição de 2014. Porém, o país respira, apesar da transitória plataforma administrativa e dos imensos gargalos em infraestrutura que provocam avarias significativas na área econômica e nos diversos setores produtivos.
Em tempos de dúvidas profundas e pertinentes como vivemos agora, é bom que se saiba que o crescimento brasileiro vem estruturando-se com base no investimento, o qual por outro lado, encontra forte resistência política, dificultando um desempenho promissor a curto prazo trazendo com isso a ilusória sensação de que o país não avança, não progride, levantando constantemente a suspeita de que os índices oficiais de desenvolvimento tão alardeados pelo governo são irreais e portanto forjados.
Vivendo dentro do cárcere de uma dívida externa gigantesca adicionado ao baixo crescimento e com autoestima em frangalhos, o Brasil do passado viveu décadas de paralisia social, sacrificando-se para honrar seus compromissos. Nadou contra a maré até chegar ao momento atual que se não é um dos melhores está longe de ser um dos piores. É lógico que problemas existem e que ajustes e correções precisam ser feitos, contudo, essas necessidades ocorrem no tempo oportuno, acompanhando as variantes do mercado, seguidas por um certo grau de razoabilidade e logística, disciplinadas ainda pelo curso natural da vida e não obedecendo somente os desejos e o imediatismo das pessoas, pois de fato em última análise, tudo tem uma razão de ser.
Não basta crescer, pois no mundo moderno é preciso alinhar crescimento e sustentabilidade, ações e planejamento, perceber as falhas estruturais de um projeto, de uma organização, de uma estratégia. A existência humana mudou e muda constantemente. A cada instante surge um fato novo, uma tecnologia diferente, uma tese, uma teoria inédita, isso mexe com os ânimos existenciais e influi diretamente nos resultados que buscamos, tiramos ou esperamos da vida, tanto no campo subjetivo e individual, como nos movimentos sociais que se traduzem no coletivo, indubitavelmente.
Em termos econômicos o Brasil pode estar passando por uma pequena turbulência mas os desafios existem para serem superados. Temos um mercado interno imenso e com pequeno risco para o investidor o que inclui segurança jurídica, econômica e política, ótima situação para quem almeja investir com prazos de retorno mais elástico e sólido, visando o futuro. O estado sozinho sem a iniciativa privada fica capenga, pois não consegue gerir com eficácia a diversidade dos negócios devido a alta burocracia e mínima competitividade.
Em minha opinião para crescermos mais, o governo deveria supervisionar os contratos e fixar regras para que as obras necessárias a infraestrutura saiam do papel porém, dando prioridade aos investimentos privados que deveriam ter a disposição o apoio logístico e financeiros do BNDES para que as principais complexidades que atrasam nosso progresso em pleno século XXI sejam extirpadas com um pouco mais de VELOCIDADE, ELEGÂNCIA E RITMO.
By Waldir José
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