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quinta-feira, 29 de março de 2012

SOB AS ÁGUAS DO MAR

A fria noite de 14 de abril de 1912, tornou-se célebre e inesquecível pois foi nela que durante a sua primeira e última viagem o Transatlântico Titanic chocou-se com um Iceberg mergulhando compulsoriamente para o íntimo do Atlântico Norte, levando toda a sua imponência naval, sepultando 1523 pessoas juntamente com a fama de ser um navio inafundável.

Erguido pela White Star Line nos Estaleiros da Harland and Wolff em Belfast na Irlânda do Norte, o Titanic teve sua construção financiada pelo americano J.P. Morgan com projeto assinado por William Firrie, Thomas Andrews e Alexander Carlisle. Exibindo luxo, elegância e a mais alta tecnologia da época, o Titanic partiu a um século de Southampton na Inglaterra para Nova York nos Estados Unidos. Segundo relatos de sobreviventes já na saída de Southampton a esteira do imenso transatlântico o fez aproximar de um outro navio o SS New York quase causando um choque, porém a situação foi controlada e o RMS Titanic sob o comando do heróico capitão Edward Smith zarpou rumo ao seu trágico destino.

Até o lançamento do filme Titanic do cineasta James Cameron que abocanhou merecidamente 11 Oscars da Academia de Hollywood a história do navio parecida esquecida, submersa e congelada. Mas depois que Leonardo di Caprio e Kate Winslet brilharam nas telas do cinema interpretando Jack e Rose, a tragédia do transatlântico parece que ficou mais romântica, mais leve, mais glamorosa, entretanto, não menos impactante. A superprodução criada por Cameron para narrar o relevante acontecimento marítimo deu vida a um fato que parecia cristalizado pelas páginas do tempo. A sensação é que o Titanic ressurgiu dos destroços sacudindo os neurônios dos cinéfilos de plantão, criando um novo cenário para um velho acontecimento. O Titanic passou então a ser amado por uma infinidade de pessoas que se tornaram fãs da galática embarcação.

Estamos agora em abril de 2012 celebrando os 100 anos da morte do Titanic, revivendo sua luta para se manter na superfície do Oceano enquanto seus compartimentos eram brutalmente assassinados pela fúria e pressão das águas congeladas e insensíveis, pelo pânico dos seus passageiros, pelo desespero da tripulação.

Não sei se o iceberg estava no percurso do Titanic porque assim deveria ser. Também não sei porque tantas pessoas embarcaram no fascinante navio que segundo o marketing da época “Nem Deus seria capaz de afundar”. Sei apenas que o fabuloso Titanic está morto com seus motores em silêncio sob as águas do mar. Sei ainda que falar sobre o Titanic é se debruçar na plenitude de algo enigmático e fascinante. É ir do êxtase a depressão em questão de segundos. Se o Titanic se desfaz no fundo do oceano, a sua história renasce mais límpida, mais saudosa, mais amável. Que o seu descanso se eternize, que sua luz se glorifique em doces lembranças.

Cem anos sem o Titanic! Parece que foi ontem. A sua história não vai fenecer, os seus gritos serão sempre ouvidos. O mundo certamente não se esquecerá de ti.

Waldir José

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