Quando olho as estrelas e viajo os meus sonhos pelas
galáxias, vivo a Terra como a mãe da Vida e não sinto o mundo dividido em
nações e raças. Este desafio é a minha Utopia de esperança, solidariedade e
amor para o mundo e o futuro serem mais humanos, para a humanidade viver mais
feliz e livre!
Vidocq
Casas
Poesia, a Arte de Resistir
Escrevi o Estatuto do Novo Homem, em 1966, como um Projeto
Esperança da minha Utopia, indispensável para o homem viver com dignidade,
liberdade e mais humanidade. Passaram-se 49 anos. Na época, o nosso Brasil
estava sob o tacão da bota opressora da ditadura militar, infelizmente. Era um
tempo de sombras, gritos de tortura, opressão e morte, mas também, de
resistência e sobrevivência, para vencermos o terror da falta de Liberdade.
Publiquei-o, várias vezes, em jornais e impressos, e foi traduzido para o
inglês, francês, alemão, italiano, espanhol e esperanto, como um grito de
Alerta e rebelião, contra as trevas do individualismo, desamor e do
materialismo. Males, que ainda, continuam sufocando a liberdade e os direitos
humanos fundamentais.
É preciso deixar, bem claro, que consideremos a manifestação
criadora, neste mundo globalizado do Século XXI, como o grito humano mais
revolucionário, para a defesa da liberdade, justiça e igualdade. Como poeta e
ativista social e ecologista, há 60 anos, em lutas permanentes, repito que a
poesia precisa ser vista, sentida e vivida, como um canal de lutas e ações,
contra tudo que possa afetar ou tolher o ser humano, no seu direito inalienável
de ser, sonhar e viver.
A poesia representa a força da consciência iluminada do
anti-poder, contra as garras ditatoriais do Estado, este monstruoso Leviatã que
é o Estado-Mercado atual. Ele vampiriza e sufoca o homem, com o garrote
implacável dos impostos absurdos, o abandono social e cultural, num massacre de
volatizar a cidadania pelos temporais de exclusões que, dia a dia, diluem os
direitos do cidadão.
Os banqueiros insensíveis ligados a políticos corruptos e
ideológicos são os mercadores corsários do Saque continental, através da
especulação vampiresca das Bolsas de Valores, que são Cassinos da jogatina, da
agiotagem, da globalização da economia, que só produzem a falência das
instituições e exaure o bolso do povo.
Sem
amor, o homem é uma fera insaciável, na jaula desta sociedade doente de falta
de fraternidade. Só consciente de nosso papel de guardião dos valores que
contam, venceremos a camisa-de-força deste sistema cruel, comandado por
políticos inescrupulosos, subordinados aos banqueiros da globalização da
economia, que continuam tentando escravizar e submeter a humanidade.
Esta
maligna opressão é genocida e programada, contra as minorias sociais, que são a
maioria oprimida, mais de 65% da população da Terra, que sofre da desgraça da
pobreza criada pelo draculismo dos “poderosos”, os ricos países do 1º mundo.
Não podemos aceitar passivamente um mundo que continua
gastando US$ 600 bilhões e colocou, no orçamento US$ 3 trilhões para a guerra,
como continua fazendo o Governo Bush dos EUA. Este crime absurdo só sacrifica o
povo americano, e degrine a América. Esta monstruosidade de dinheiro, empregado
para o mal e a morte, poderia ajudar a acabar com a fome e a pobreza do
Planeta. A Guerra sempre será uma ferida sangrando, onde todos perdem, e só a morte
e a destruição imperam em detrimento da vida.
A responsabilidade social tem de ser um compromisso
universal e individual do cidadão pelo bem estar de todos. O futuro das
gerações presentes e emergentes dependem de nós, não há outra alternativa.
Espero,
com este Estatuto do Novo Homem, acordar otimismo e esperança, num futuro mais
promissor para todos. Como poeta, reafirmo que, todo dia, precisamos abandonar
o passado, sair da estagnação do comodismo, apagar todos os fantasmas dos medos
e acender a alma, na fogueira do sonho, vivendo com esperança a vida.
A todos
os homens que acreditarem no ressurgimento de um mundo novo, onde o homem
poderá falar sem medo, sorrir, ser feliz, e por mais impossível que pareça: ser
livre como sua imaginação, sonhos e a luz imperecível de sua alma!
Considerando
que a Vida deve ser respeitada, e que todo Homem tem direito a sua Liberdade,
sem distinção de raça, credo, sexo, idade ou opinião política, e que, sem essas
condições, a espécie humana, desprovida de sua dignidade inerente, não poderia
atingir o verdadeiro progresso social, fica instituído AD INFINITUM:
ESTATUTO DO NOVO HOMEM
Art. 1. Toda vida será respeitada, conservada e glorificada.
Art. 2. Não haverá desigualdades, não podendo os homens
serem alvo de preconceitos, e as palavras "rico" e "pobre"
serão apenas tristes lembranças de um dia cinzento.
Art. 3. A palavra "opressão" não constará dos
dicionários.
Art. 4. No lugar das prisões, construir-se-ão Parques de
Lazer, cercados de jardins, onde o canto dos pássaros será a música perene da
alegria pela vida inteira.
Art. 5. Fica proibido "proibir", excetuados os
casos previstos nestes Estatutos.
Art. 6. Todas as armas serão convertidas em brinquedos e em
objetos que possam ajudar a construção de moradias ou a feitura de bens comuns,
ficando, assim, banida a violência, para sempre, do coração do homem.
Art. 7. Ninguém poderá derrubar árvores ou provocar a
poluição da Natureza, devendo cada homem constituir-se num vigilante perpétuo
dos sistemas ecológicos, em defesa da Bioesfera e da qualidade de vida das
gerações presentes e futuras.
Art. 8. A Justiça será substituída pela BONDADE, deixando de
existir, portanto, julgamentos, maldade, perseguições, castigos, torturas e
crimes, mas surgindo a AURORA RADIANTE DA FRATERNIDADE.
Art. 9. A verdade será um caminho aberto, transparente, onde
todos os homens transitarão como IRMÃOS.
Art. 10. O AMOR deixará de ser impossível, para ser a Hora
Eterna de cada homem, e ninguém amará sem ternura, ou será violentado em sua
vontade ou aviltado, pois a Esperança representará mais do que um direito
permanente: será como o céu sobre nossas cabeças.
Art. 11. A Força do Coração será a ordem geral, podendo,
assim, fazer o homem, da Luz de sua Alma, o ESCUDO DE ESPERANÇA do Futuro.
Art. 12. Nenhum homem deverá julgar-se apenas Mestre ou
somente Aluno, pois cada um tem quase nada que ensinar e quase tudo que
aprender.
Art. 13. Ter-se-á o direito de falar, escrever ou gritar a
verdade.
Art. 14. Todas as semanas (aos sábados), comemorar-se-á,
festivamente, o FIM DO MEDO.
Art. 15. O Dia do Trabalho será substituído pelo Dia da
Alegria.
Art. 16. O Esperanto será a língua oficial para o Diálogo
Universal.
Art. 17. A PAZ deixará de ser simples Utopia, dentro do
coração do homem, para ser o permanente estado de vigília de sua Alma.
Art. 18. A Soberania será prerrogativa exclusiva de cada nação,
tomada com um todo, e não de grupos ou de um tirano.
Art. 19. Fica decretado, em caráter irrevogável, que a
Ciência e a Tecnologia somente poderão servir ao Bem Comum.
Art. 20. A Bandeira de cor branca passará a ser o Estandarte
ARCO-ÍRIS de todos os homens.
Art. 21. As Crianças terão o direito de brincar, quando
quiserem, além de se lhes dar efetiva proteção, devendo as Escolas ensinar o
AMOR UNIVERSAL.
Art. 22. A Compreensão será a condição essencial para o
homem ser chamado HOMEM.
Art. 23. Jamais se admitirá a violação de qualquer dos
chamados DIREITOS NATURAIS DO HOMEM, limitáveis apenas, pelos mesmos direitos
de seus semelhantes.
Art. 24.O símbolo da Justiça será substituído pelo da
Fraternidade (DOIS HOMENS SE ABRAÇANDO), a ser colocado no centro de cada praça
em todos os pontos do Mundo.
Art. 25. Criar-se-á a FESTA DA VIDA E DO AMOR UNIVERSAL.
SE NÃO
RESISITIRMOS, MORREREMOS!
PAZ E
AMOR!
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