Autoridade moral é algo valoroso,
raro de ser encontrado. Tem relação direta com o bom caráter. Nos remete a
virtudes que ficaram demodê e caíram no anonimato. Não é plenamente bem quista
pela sociedade, incomoda o ego humano, aniquila a falsidade e expõe de forma
drástica a ascensão da mentira que avança de maneira violenta em nossos dias,
nossos belos dias, virtuais dias.
A autoridade moral repousa no
equilíbrio incorruptível da honestidade. Está presente no domínio racional do
espírito sobre a matéria, figura e energiza estados latentes do bem. Aparece
esporadicamente em meio a decisões impactantes que surpreendem positivamente a
humanidade, resgatando a autoestima de muitos e a vontade de viver de quem já
morreu emocionalmente.
A autoridade moral é simples e
ignora regras complexas. Basta-se por si só e alcança todos a seu tempo, não é
pedante e muito menos egóica, porém cultiva disciplina, aprecia o amor e o
respeito mútuo. É causa e não efeito, é o contrário da inércia, é movimento,
necessidade.
A autoridade moral é plenitude e
por isso descarta superficialidades. Acomoda a essência dos fatos, contradiz
resultados. É soberana ao confrontar, sábia nas atitudes, isenta de arrogância,
de delírios, de manipulação, de tirania. Ofusca as más intenções, o
negativismo. Dissipa a ignorância, a discórdia, a insensatez.
A autoridade moral reflete o
possível que nós consideramos inatingível. Mostra o que não queremos ver por
desconhecimento, vaidade, interesse, teimosia ou por pura maldade. Destrói
nossa malícia, preguiça e loucura. Não aceita nossas tolas desculpas, antes
porém nos corrige. Pode ser nossa fiel companheira ou ainda a mais intransigente
companhia. Pode ainda nos levar ao céu e ao inferno. Embora esta última opção
não seja de fato o seu propósito, seu objetivo final.
A autoridade moral é o que nos
falta para vivermos em paz.
By Waldir José
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