O sistema político brasileiro
passa por uma cirurgia de grandes proporções.
Todo o seu corpo está anestesiado e os “médicos” perplexos pela extensão
e gravidade da doença. O resultado de uma política faminta por dinheiro e
vantagens a qualquer custo fez adoecer o sonho de um país menos desumano e com
mais equilíbrio social, com isso adoecemos coletivamente e agora precisamos
agir e vibrar positivo em todos os sentidos para que possamos renascer das
cinzas.
A
regeneração desse descompasso é responsabilidade de todos nós porque de uma
certa forma contribuímos para tudo isso. Se o Brasil está pegando fogo temos o
dever de apagar as chamas, temos a obrigação de erguer a cabeça com intuito de
mudar o complexo momento, criando perspectivas saudáveis para o hoje e o
amanhã, sanando os problemas do ontem, aprendendo com os erros do passado,
frutos amargos da nossa imaturidade. Devemos buscar e mentalizar dias melhores,
com fé, otimismo, trabalho e menos critica. Não podemos acobertar os atos ilícitos
praticados, é bem verdade, contudo temos a necessidade de avaliar nossos
comportamentos olhando sinceramente para nossas ações se não quisermos cair em
permanente frustação. Não podemos ser do mal ostentando aparentemente o bem
pois isso constitui uma poderosa armadilha que nos aprisionará num futuro não
muito distante o qual pode nos trazer um ar trágico e infeliz.
O
descalabro que estamos vivendo traduz a mesquinhez da nossa espécie. Reflete o
caótico estado de falência moral a que estamos submetidos. As negociatas que
utilizam a corrupção revelam a princípio os pensamentos desconexos que permeiam
os governantes e daqueles que com eles mantém uma relação mais amistosa, os
quais deveriam zelar pela ordem social, honrando a República e seus cidadãos. Por
isso devemos redobrar nossa atenção se não quisermos ser cúmplices de toda essa
barbárie, pois ninguém faz nada sozinho, somos humanamente gregários.
Democraticamente
contemplamos agora o desdobramento de uma velha República, composta por hábitos
escusos, vestida por um pseudo manto democrático. Citar nomes é algo muito
vulgar, irrelevante. No momento apontar os outros equivale a condenar a nós
mesmos. Somos em última análise os patrocinadores dessa imensa sabotagem. Somos
incompetentes para julgar uma vez que traímos constantemente nossas posições.
Assim como aos que acusamos costumamos agir de acordo com nossas conveniências.
Pensamos antes em nós e depois nos outros. Para nós colecionamos tudo de bom e
aos demais costumamos oferecer os resíduos, as migalhas para uma existência sem
sentido. Na pretensão tola de sermos superiores, condenamos ou outros a
inferioridade. Então o que podemos falar dos nossos semelhantes? Creio que
nada. Podemos apenas nos orientar para que possamos ser exemplo e não meros
expectadores das virtudes. A sabedoria implica humildade, silêncio e ações de
amor.
Que
a justiça seja feita. Que o bem nos conduza. Que o Brasil cresça e se
desenvolva, ganhando saúde política e promovendo o bem estar ao seu povo.
By Waldir José
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