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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O ESTADO E SUAS CONTRADIÇÕES

Historicamente as lutas das classes sociais sempre existiram e com toda certeza sempre haverá essas batalhas nem que seja ao estilo Guerra Fria, onde as animosidades se ocultam através de uma maquiagem muito bem feita pelo Estado no âmbito social servindo como parâmetro para estudiosos, especialistas e exímios observadores poderem ver, sentir e expor os detritos instalados debaixo do tapete e camuflados por entre as falsas políticas públicas, erguidas e mantidas intencionalmente pelo pernicioso ar do Estado.
            Infestado de clientelismo o Estado é o grande vilão dos conflitos sociais que enfrentamos todos os dias. Distante de suas funções básicas por livre iniciativa dos seus mandatários, funciona semelhante ao nada movido apenas por interesses escusos. Atua também como um famigerado coletor de impostos, tornando-se omisso, não exercendo nenhum tipo de controle sobre o objeto público, legitimando essa balburdia a qual ajuda a fomentar e que tem tomado conta do Brasil, situando-se entre o cômico e o trágico, ironicamente chamada de democracia e confundida com avanço social.
            É de tamanha importância a compreensão de que otimizar uma sociedade necessita obrigatoriamente de um aval político, ou seja, sem política não há sociedade por mais tosca que ela possa vir a ser. Como exemplo vemos que até os primitivos obedeciam regras intimamente ligadas a sua cultura e forma de expressão o que não deixava de ser uma maneira política de se organizarem e sobreviver. No que tange ao Estado e suas contradições, o olhar mais atento percebe que as grandes oligarquias circulam pelas entrelinhas do campo social com liberdade e desenvoltura tamanha que suas atitudes influenciam diretamente as decisões estatais, manipulando resultados com primária intenção de obter imensos privilégios. As conhecidas dificuldades em se sanar problemas estruturais da nação e de se trazer qualidade de vida à população repousam sobre grotescos processos burocráticos criados para que as pessoas menos favorecidas e portanto desprovidas de uma existência digna tenham acesso a serviços essenciais que assegurem seus direitos e resgatem o pleno exercício da cidadania. O objetivo claro e específico é deixa-las a margem carentes de uma inclusão social séria e qualitativa para que sofram o peso do descaso e cedam aos sórdidos interesses dos corruptos e corruptores muitos deles acalentados por uma política governamental que os protege, fraudando assim o verdadeiro papel do Estado e maculando sua inquestionável vocação constitucional.
            Outra grave situação que vivemos alicerçada pela indiferença do Estado são as ações contínuas e sistematizadas do crime organizado que colocam seus nefastos, poderosos, ricos e graduados agentes em quase toas as instituições brasileiras, destruindo as famílias, promovendo dor e revolta aos cidadãos de bem, atuando livremente sem punição rigorosa ajudados pelo não cumprimento e atraso das leis pelo entendimento e interpretação inadmissível de alguns magistrados ao julgar potenciais criminosos e pela lentidão paranoica da justiça.

            O Estado brasileiro que sem dúvida implementou melhoria nos últimos anos em alguns setores vem sofrendo alarmante retrocesso, apresentando preocupantes pontos de desgaste político-administrativo e econômico que podem ofuscar poucas conquistas obtidas. O absurdo pouco caso do Estado para com as mazelas sociais tem origem timbrada e uma clássica e incoerente explicação: seus controladores se beneficiam de toda essa bagunça e desarranjo dos dias atuais e sabem que nós como sempre PAGAMOS A CONTA.

Waldir José

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