Historicamente as lutas das classes
sociais sempre existiram e com toda certeza sempre haverá
essas batalhas nem que seja ao estilo Guerra Fria, onde as animosidades se
ocultam através de uma maquiagem muito bem feita pelo Estado no âmbito social
servindo como parâmetro para estudiosos, especialistas e exímios observadores
poderem ver, sentir e expor os detritos instalados debaixo do tapete e
camuflados por entre as falsas políticas públicas, erguidas e mantidas
intencionalmente pelo pernicioso ar do Estado.
Infestado
de clientelismo o Estado é o grande vilão dos conflitos sociais que enfrentamos
todos os dias. Distante de suas funções básicas por livre iniciativa dos seus
mandatários, funciona semelhante ao nada movido apenas por interesses escusos.
Atua também como um famigerado coletor de impostos, tornando-se omisso, não
exercendo nenhum tipo de controle sobre o objeto público, legitimando essa
balburdia a qual ajuda a fomentar e que tem tomado conta do Brasil, situando-se
entre o cômico e o trágico, ironicamente chamada de democracia e confundida com
avanço social.
É
de tamanha importância a compreensão de que otimizar uma sociedade necessita
obrigatoriamente de um aval político, ou seja, sem política não há sociedade por
mais tosca que ela possa vir a ser. Como exemplo vemos que até os primitivos
obedeciam regras intimamente ligadas a sua cultura e forma de expressão o que
não deixava de ser uma maneira política de se organizarem e sobreviver. No que
tange ao Estado e suas contradições, o olhar mais atento percebe que as grandes
oligarquias circulam pelas entrelinhas do campo social com liberdade e
desenvoltura tamanha que suas atitudes influenciam diretamente as decisões
estatais, manipulando resultados com primária intenção de obter imensos
privilégios. As conhecidas dificuldades em se sanar problemas estruturais da
nação e de se trazer qualidade de vida à população repousam sobre grotescos
processos burocráticos criados para que as pessoas menos favorecidas e portanto
desprovidas de uma existência digna tenham acesso a serviços essenciais que
assegurem seus direitos e resgatem o pleno exercício da cidadania. O objetivo
claro e específico é deixa-las a margem carentes de uma inclusão social séria e
qualitativa para que sofram o peso do descaso e cedam aos sórdidos interesses
dos corruptos e corruptores muitos deles acalentados por uma política
governamental que os protege, fraudando assim o verdadeiro papel do Estado e
maculando sua inquestionável vocação constitucional.
Outra
grave situação que vivemos alicerçada pela indiferença do Estado são as ações
contínuas e sistematizadas do crime organizado que colocam seus nefastos,
poderosos, ricos e graduados agentes em quase toas as instituições brasileiras,
destruindo as famílias, promovendo dor e revolta aos cidadãos de bem, atuando
livremente sem punição rigorosa ajudados pelo não cumprimento e atraso das leis
pelo entendimento e interpretação inadmissível de alguns magistrados ao julgar
potenciais criminosos e pela lentidão paranoica da justiça.
O
Estado brasileiro que sem dúvida implementou melhoria nos últimos anos em
alguns setores vem sofrendo alarmante retrocesso, apresentando preocupantes
pontos de desgaste político-administrativo e econômico que podem ofuscar poucas
conquistas obtidas. O absurdo pouco caso do Estado para com as mazelas sociais
tem origem timbrada e uma clássica e incoerente explicação: seus controladores
se beneficiam de toda essa bagunça e desarranjo dos dias atuais e sabem que nós
como sempre PAGAMOS A CONTA.
Waldir José
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