Existe
um grande abismo entre teoria e realidade, assim como há profunda diferença
entre realismo e idealismo. A realidade deveria em tese comprovar a teoria mas
poucas vezes isso acontece. Desse modo, parece que a teoria liga-se ao
idealismo enquanto que o realismo muitas vezes divorciado de um modelo social
aceitável une-se a um sistema estratégico razoável, de aparência legal,
causando uma sensação de verdade, ou seja, criando uma pseudo-realidade, num
mundo de fato, criado e movido por fantasias. A princípio, tudo isso pode
parecer confuso e sem sentido, entretanto, muitas mentes brilhantes às vezes
são apanhadas pelas artimanhas da vida na qual estamos transitoriamente
inseridos o que a grosso modo comprova a teoria de que somos imperfeitos e
temos muito que aprender, realmente.
A
realidade assusta, pois se traduz naquilo que temos que viver querendo ou não.
É óbvio que podemos decidir muitas coisas em nossa vida mas algumas realidades
são compulsórias, imutáveis e temos que vivenciá-la como por exemplo: a perda
da juventude, a chegada da velhice e suas limitações e por último a morte física.
Lógico que é possível encarar tudo isso com espírito aguerrido, porém, esse
estado de alma mais positivo não tem poder de alterar este percurso natural da
vida, em última palavra, isso vai acontecer com todos nós e a maneira como
vamos ou estamos observando e lidando com esta realidade faz toda a diferença.
Vivemos
num grande precipício íntimo externado sob diversos ângulos e formas.
Convivemos também com as subjetivas mazelas alheias que dependendo do grau e
extensão perturba nossa passagem por Terra, martirizando-nos. Resta-nos então
mudarmos os nossos pensamentos para que possamos viver novos sentimentos,
realinhando nossa consciência para o caminho do bem, pois o grande desafio da
nossa vida é conquistar o equilíbrio interno, pessoal, num mundo povoado pelo
desequilíbrio coletivo.
O
Abismo Real é um processo criado no coração humano e distribuído ao planeta,
contaminando o meio ambiente e a sociedade. Temos o dever de extirpá-lo do
nosso ambiente psíquico para que possamos viver intensamente e naturalmente,
blindados contra as correntes do egoísmo e a ferocidade do desamor. Isso é
fundamental, é algo prático, é saudável, é nobre, é possível. É qualidade de
vida.
Precisamos
com urgência vencer nossas péssimas inclinações. Precisamos salvar nossa consciência.
By
Waldir José
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