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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Eleições e o Direito - Dever de Votar


As eleições representam o auge do processo democrático. No Brasil elas acontecem a cada dois aos com alternância de cargos políticos em cada vez. 



Existem vários tipos de Democracia no mundo mas todas se pautam no "ideal de Democracia" , que começou a ser idealizado na Grécia Antiga, e que pode ser mais claramente definida, por Abraham Lincoln,  como "poder do povo, para o povo e pelo povo". O cerne da ideia é que o povo tome as decisões políticas. Esse Direito pode ser exercido diretamente ou indiretamente, através de representantes eleitos pela maioria dos cidadãos.



O voto,  no Brasil, é atualmente obrigatório representando a um só tempo um Direito e um Dever. Até bem pouco tempo atrás na História brasileira, esse Direito inexistia uma vez que o país vivia em um regime político diferente. Nele havia uma forma de governo com características militares, extremamente autoritária onde não existiam liberdades básicas como por exemplo a de imprensa, expressão, filiação partidária e escolha política de representantes. 



Gerações inteiras lutaram para que a mudança de regime político fosse possível e o país passasse de uma ditadura militar para a plena democracia e a consequente reconquista das Liberdades individuais. 





Atualmente todos podem e devem votar e isso causa algum incômodo na população, principalmente de jovens, já que, no entender deles, a liberdade deveria residir no fato de que escolher não votar. A obrigatoriedade do voto se resumiria a uma imposição de um Direito descaracterizando assim a livre escolha e, consequentemente, a Liberdade.





Outros entendem que a obrigatoriedade do voto representa uma garantia fundamental e ao mesmo tempo um dever cívico de todo o cidadão. Ele representaria então a expressão máxima de patriotismo e comprometimento e consciência livre de ação e decisão dos cidadãos altamente engajados na vida política e social do Brasil.




Fato é que, no Brasil, o processo Democrático ainda precisa de ajustes. Ainda existem compra de votos, uma extensa desilusão dos cidadãos em relação à política e existe muito desinteresse da massa populacional que encara o voto como algo desnecessário, enfadonho e pungente. 





Precisa-se realmente reeducar o povo para que ele entenda que o país está nas mãos dele, que ele é o dono de seu Futuro, que ele é que possui  a capacidade de cobrar, fiscalizar, eleger e coordenar as ações de seus eleitos e mudar a História do Brasil numa ação plena, crítica e consciente a fim de implantar a verdadeira  Democracia nas suas vidas.

Thaís Parméra 

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