As flores continuam flores.
E o vento que passa
nesse instante,
me fala que há
descobertas,
cirandas,
luzes nas calçadas,
sonhos,
delírios,
o cheiro do mar por todo quarto
enquanto escrevo estas linhas
nessa madrugada única
onde emolduro cantiga de ninar,
risos de crianças,
e tantas coisas
que a existência
inexiste.
Hoje posso dizer que
o tempo parou,
enquanto meus passos
passaram como filme envelhecido
por entre minhas mãos de poeta...
Posso dizer que as os poemas ficaram
escritos nas estrelas
diante das quimeras
que circunscreve o metálico
das horas insones
por entre o vaivém das ondas,
azuis melancólicas,
que surgem por entre a brisa
com aroma de sal
com gosto de corpos molhados,
de lembranças disformes,
mansamente inconstantes,
como este dia.
Cassia Cristina Cunha
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