Assim Cuba tornou-se um emblemático objeto de estudo social e político, uma relíquia sob o comando dos Castros, primeiro com Fidel e mais recentemente com seu irmão Raúl, este último um tanto desapegado da ditadura, aparentemente menos turrão e mais sintonizado com a vida moderna.
De
mãos dadas com o progresso Cuba começa rever sua postura. Aos 88 anos o seu
grande mentor Fidel Castro já mostra sinais de cansaço, já sente o peso dos
anos. O dinamismo do ex-presidente e ditador já não tem a mesma vitalidade e a
enfática farda foi substituída por vestimentas mais leves. Embora não verbalize
abertamente Fidel reconhece que o tempo passou e que Havana precisa emergir
para o centro do mundo se não quiser ser engolida pelo universo científico e
tecnológico, se não quiser ser uma ilha fantasma.
O
embargo econômico imposto pelos Estados Unidos fez Cuba navegar em mar bravio,
retroceder economicamente. Agora é hora de deixar de ser ranzinza e apagar
velhas picuinhas, lançando um olhar otimista ao futuro que com a velocidade do
tempo inicia-se a cada dia. O prenúncio de uma era melhor já começa a
despontar. Fidel admira Obama é um entusiasta do governo americano e espera
criar uma relação diplomática séria e quem sabe duradoura com a nação que ainda
considera inimiga.
Embora mais flexível Fidel ainda mantém sua pose imposicionista, enviou um recado bem claro, não aceitará sob nenhuma hipótese interferência na sua política interna e em tom mais brando pediu auxílio para melhorar o setor de telecomunicação cubano. Seu irmão Raúl por sua vez, fez uma exigência mais forte, um tanto mais tensa, quer que os Estados Unidos devolva a base militar na Baía de Guantánamo como condição primordial a abertura de diálogo.
Pelo o que pude observar, o medo de uma possível colonização de Cuba pelos americanos ainda tira o sono dos Castros e nesse caso, eles preferem se prevenir bloqueando os pontos que podem os deixar vulneráveis antes de fechar em definitivo os laços diplomáticos, sinceramente não vejo nenhum pecado nisso.
Embora mais flexível Fidel ainda mantém sua pose imposicionista, enviou um recado bem claro, não aceitará sob nenhuma hipótese interferência na sua política interna e em tom mais brando pediu auxílio para melhorar o setor de telecomunicação cubano. Seu irmão Raúl por sua vez, fez uma exigência mais forte, um tanto mais tensa, quer que os Estados Unidos devolva a base militar na Baía de Guantánamo como condição primordial a abertura de diálogo.
Pelo o que pude observar, o medo de uma possível colonização de Cuba pelos americanos ainda tira o sono dos Castros e nesse caso, eles preferem se prevenir bloqueando os pontos que podem os deixar vulneráveis antes de fechar em definitivo os laços diplomáticos, sinceramente não vejo nenhum pecado nisso.
Em
recente entrevista ao escritor e amigo brasileiro Frei Betto, o ainda homem
forte de Cuba se mostrou otimista em relação ao fim dos embargos, ostentando
inclusive boa vontade em negociar. Revelou ter simpatia por física quântica e
cosmologia e transcendendo admitiu até a possibilidade de universos paralelos.
Me parece que Fidel Castro remoçou, está mais reflexivo, quem diria!
Os
cubanos estão otimistas com este momento mágico na história da ilha. Ao mesmo
tempo a ansiedade e preocupação ocupam corações que ainda vivem sob intensa
ditadura, mas a vida é assim, vai criando os seus caminhos, erguendo e
destruindo percalços, construindo e mostrando a verdade.
Cabe aos Estados Unidos desenvolver o potencial de Havana. Cabe a Cuba acreditar que é possível crescer. Os Castros sabem que no fundo toda ajuda é bem vinda e que toda independência tem o seu preço.
Cabe aos Estados Unidos desenvolver o potencial de Havana. Cabe a Cuba acreditar que é possível crescer. Os Castros sabem que no fundo toda ajuda é bem vinda e que toda independência tem o seu preço.
Waldir José
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