Mais uma vez
na odisseia da vida milhares de brasileiros irão as urnas para escolher os
futuros dirigentes do país pelos próximos quatro anos e como nada muda o perfil
dos políticos, mais uma vez estamos ouvindo dos candidatos a mesma ladainha
recheada de promessas e mentiras de campanha. Entre os candidatos a governador,
deputado federal e estadual surge o mesmo discurso ensosso, manjado, que não
corresponde a realidade vivida pelas pessoas no dia a dia, o que tem
desestimulado e esfriado o processo eleitoral que só funciona teoricamente mas
que na prática é algo triste, lamentável.
Existe uma diferença muito grande
entre o falar e o fazer e já se foi também o tempo em que a população esperava
ações positivas dos parlamentares. Embora o Estado continue poderoso, sendo o
grande manipulador dos interesses coletivos, ele não ostenta mais a
confiabilidade dos cidadãos que cansaram de ser explorados pelas oligarquias
que ocupam suas entranhas criando vastas raízes e controlando seus passos, com
isso, o Estado fica a serviço de uma minoria dominante e se mantém indiferente
com aqueles que bem intencionados ou melhor iludidos, voltam a colocar no poder
pessoas públicas que governam em benefício próprio abandonando os clamores
sociais.
Envolvida num mar de corrupção a
classe política brasileira está vulnerável a todo tipo de ataque e não convence
mais ninguém. A “nova política” com viés democrático é simplesmente um
marketing barato que tentam empurrar goela abaixo de um povo que engole sapo
todos os dias. O que fala Marina, o que diz Aécio e o que pensa Dilma é no
fundo uma gororoba intragável, consiste em velhas histórias, customizadas pela
mídia com a emergente influência das redes sociais. De fato, nada muda e se
fizermos uma comparação sensata entre os principais candidatos principalmente a
Presidente veremos claramente que não há propostas viáveis para sanar os
antigos estorvos da sociedade.
Dilma representa a mesmice, Aécio fala pelas
elites e Marina confunde o eleitor com ideias mirabolantes de justiça social que
dificilmente irá implementar. O que resta então ao pobre eleitor? Escolher um
deles e rezar muito para que o vencedor lance um olhar democrático a quem
precisa de democracia e faça política pública eficaz a quem precisa de proteção
do Estado. Isso é difícil? Não é menos fácil mas é possível. Basta que o eleito
governe para a maioria com firmeza administrativa e retidão de caráter além de
senso de humanidade. Ao contrário, veremos os mesmos resultados no decorrer dos
anos e ouviremos o mesmo trelelé na próxima eleição.
Waldir José
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