Segundo
fontes do governo, as famílias brasileiras estão com mais crédito e em
consequência disso gozam de maior poder de compra. Entretanto, a realidade não
é bem assim. A maioria das famílias amarga também maior comprometimento com a
renda e em alguns casos ficam presas a compromissos que não conseguem ou tem
dificuldades em cumprir.
O rombo contábil ocorre principalmente devido a
facilidade de acesso ao crédito o qual funciona como agente primordial de
aquecimento da economia (o que é positivo), contudo, atrelado as altas taxas de
juros (que configura um complicador), engolindo os rendimentos e asfixiando de
maneira implacável o consumidor mediano, desprovido de maior expressividade
econômica e portanto, aliado a uma adstringente linha de financiamento com
menor poder de negociação de seus débitos.
A
necessidade de desenvolvimento obriga automaticamente a circulação de mais
dinheiro no mercado aumentando o desempenho produtivo transformando-o em
capital. Ao mesmo tempo ergue um magnífico e indispensável corredor de inclusão
social, visando a elevação do índice de desenvolvimento humano (IDH), buscando
um crescimento estável e permanente. Por outro lado, para que isso aconteça de
maneira responsável o mercado precisa reagir as crises, abortando políticas extrativistas,
se adequando as regras econômicas que além de oscilantes exigem conhecimento
técnico e perfil empreendedor.
É preciso ainda que ouse assumindo um certo
risco que não pode ultrapassar sadias projeções ou aproximar-se da
irresponsabilidade, buscando continuamente inovações e oferecendo oportunidades
a quem antes se via atado economicamente, devido ao estrangulamento
inflacionário, excessos de entraves burocráticos e restritivos, além de
inadmissíveis e preconceituosas implicações que ainda pesam sobre determinadas
classes sociais.
De
fato, a economia brasileira vem apresentando bons resultados, mas é preciso
cautela. Nem todas as pessoas possuem visão
econômica ou estão aptas a conter a impulsividade relacionada ao consumo, e
ávidas por bens e serviços extrapolam nas aquisições carentes de planejamento,
ficando reféns de bancos e financeiras com dívidas estratosféricas.
Assim
surgem as clássicas figuras dos inadimplentes ou superendividados, dando um nó
nas relações comerciais, onde a justiça muitas vezes é acionada oferecendo
amparo jurídico, revisando contratos, determinando alternativas e por fim,
concedendo legitimidade as negociações.
É
preciso se ter me mente que administração financeira passa antes de mais nada
por um processo educacional científico que pode ser aplicado tanto nos setores
públicos e privados como no campo subjetivo das pessoas. A sua manipulação com
êxito requer maturidade existencial e mercadológica e compreensão cabal do que
pode e o que não pode ser feito, ou seja, o discernimento amplo e vertical dos
limites que precisam ser descobertos e respeitados.
Gastar
desordenadamente não é equivoco é inconsequência que em ato contínuo gera
profundos desequilíbrios que costumam ter um alto preço. Fique atento,
proteja-se, CONTROLE SEUS GASTOS.
Waldir José
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