Outro dia um leitor assíduo de meus artigos me fez uma pergunta
interessante. Ele na realidade queria saber o que eu penso sobre a vida, uma
vez que já escrevi duas matérias falando sobre a morte e apenas uma relacionada
a nossa existência atual aqui no plano físico. Sorri suavemente e respondi de
forma sintética dizendo-lhe que a morte é vida e vida é morte, ponto final.
Obviamente ele ficou mais encabulado ainda e então tentei esclarecer o sentido
da minha resposta. Se ele entendeu sinceramente eu não sei, o que sei é que
depois de ouvir tudo o que falei apertou minha mão e alegando pressa partiu,
sumindo em meio aos transeuntes da movimentada Calçada da Fama num sábado de
sol morno em pleno outono teresopolitano de dois mil e doze.
A vida nunca cessa,
ela caracteriza um estado permanente da essência espiritual. A morte tal qual
conhecemos e a sentimos faz nascer numa multidão de pessoas o medo do
desconhecido e uma sensação de vazio existencial, porém a morte é vida em transformação,
ou seja, a continuação do que somos fora do nosso campo de visão. Essa
afirmação pode até parecer estranha e sem nexo mas faz parte do enigma que
existe e precisa ser desvendado. A morte tem uma finalidade específica e nos
prova que este mundo no qual estamos inseridos é transitório e limitado. Que
ele funciona como uma escola que nos prepara para a universidade da vida num
sentido mais amplo, onde a morte desempenha um papel seletivo semelhante ao
vestibular.
A vida se torna morte
quando não vivemos de acordo com o nosso propósito de existência e partimos
para criar uma “vida” paralela onde somos os “senhores absolutos”. Nesse
ambiente ilusório criamos as nossas próprias regras e as quebramos quando
achamos conveniente. Passamos então a viver desregradamente, sem controle, com
profundos desequilíbrios, atolados em fantasias. Este tipo de vida é morte na
certa, aqui e depois do túmulo.
Viver a vida e
saborear cada momento é fundamental para uma existência sadia. Mas precisamos
escolher a vida que queremos viver e os momentos que queremos de fato curtir.
Um erro de cálculo pode ser fatal. A vida pode virar um inferno e o inferno
pode virar vida. Fique atento, tudo vai depender das suas atitudes. Tudo vai
depender da sua compreensão. VIVA A VIDA.
By Waldir José
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