CIDADANIA UNIVERSAL: nosso desafio permanente!
O fogo mais vivo é o da alma sonhadora!
Vidocq Casas
O século XXI que deveria ser uma Era de paz, amor e pela
cidadania plena, infelizmente, é o milênio da exclusão extrema e da violência
generalizada, com o homem transformado na Fera da Vida. É dever de todo homem
de consciência lutar como uma obrigação individual contra a passividade, a
indulgência, o comodismo, a hipocrisia e a omissão.
Produtos malignos da
insensibi-lidade e do egoísmo, que transformou a cidadania em refém do
Estado-Mercado, que trata o ser humano como um produto de consumo e massa que toma
a forma que os poderosos querem manipular e nos transforma em robôs e insumos.
Não podemos aceitar uma sociedade que não admite abertura plena às liberdades e está estagnada
pela prepotência vazia e radical, num mundo que vegeta para os excluídos e abre
todas as possibilidades, aspirações e ascensão aos ricos e abastados, o topo da
pirâmide social. Eis o meu grito de consciência em defesa dos direitos humanos
e do direito de sonhar:
Eu tenho um sonho que é a minha Utopia indispensável para
tornar a vida mais bela, justa, liberta e humana, para o homem ser feliz,
pacífico e fraternal. Este sonho é a
minha fogueira de amor e de liberdade, para acender as trevas e o coração das
pessoas contra o desamor, a solidão, a submissão, a exclusão, a violência e o egoísmo. Estes males terríveis que provocaram o caos
político, social, econômico, cultural, ecológico e, infelizmente, o espiritual,
em que mergulhou desastradamente a humanidade. Desumanizado e doente da alma, o
ser humano tornou-se algoz e o mega-inimigo da vida. O nosso Projeto de
Esperança, Paz, Liberdade e Solidariedade é a Utopia do amor universal. É esta
semente de consciência e de respeito à dignidade da vida que temos de plantar
em nossos corações, para chegarmos à glorificação da Vida.
Na luta pela vida, ecoa o nosso grito destemido: Se não
resistirmos, morreremos! Estas palavras precisam prevalecer sobre o “Tsunâmi”
inevitável da decadência que vem solapando os valores que contam: bondade,
compaixão e o respeito pelos Direitos Humanos, que têm de ser inalienáveis. Se
chegamos ao topo deste limiar de destruição que colocou em risco os fundamentos
sagrados da civilização, só nos resta resistir, paraa Utopia indispensável da Esperança ser a bandeira da
salvação e de redenção, para termos uma vida mais liberta e digna.
Como defensor ardente da Utopia do amor e da resistência
civil pela não-violência em defesa da paz mundial, e dos direitos humanos, faço
de minhas palavras contestadoras o pequeno poema do poeta Eduardo Alves Costa:
“Na primeira noite eles se aproximam / e roubam uma flor / do nosso jardim. / E
não dizemos nada. / Na segunda noite, já não se escondem: / pisam as flores, /
matam nosso cão, / e não dizemos nada. / Até que um dia / o mais frágil deles /
entra sozinho em nossa casa, / rouba-nos a luz, e, / conhecendo nosso medo, /
arranca-nos a voz da garganta. / e já não podemos dizer nada.”
É por isso que a liberdade é sempre um tempo novo de se
viver, e como a luz azul dos sonhos, brilha mais que todas as estrelas dos
céus.
Seria fantástico, vermos o povo organizado, consciente e
unido, em movimentos comunitários independentes, gerando seu próprio destino,
com cidadania plena, em níveis sociais verdadeiramente dignos, com
participações maiores de igualdade, liberdade e dignidade.
Seria maravilhoso, vivermos a utopia indispensável que nos
levasse a crer que a fome pudesse ser erradicada; que todo homem pudesse morar
e viver com decência, tendo acesso à assistência social e médica, quando
adoecesse e estivesse idoso, recebendo do Estado, uma aposentadoria com
assistência verdadeiramente humana.
Seria admirável, celebrarmos o fim da destruição ambiental
das nossas florestas, oceanos, mares, rios e nascentes, para contemplarmos e
vivermos uma Natureza realmente sadia, sustentável, exuberante, sem poluição e
sem o perigo de pandemias avassaladoras, causadas por vírus letais, oriundos da
falta de saneamento básico e de cuidados essenciais com a saúde pública. A
responsabilidade universal precisa ser compartilhada, dentro do espírito de
solidariedade que vise a família humana: agora no presente e no futuro.
Seria essencial, vivermos o fim dos medos, das guerras, da
violência, do narcotráfico, do banditismo organizado, da violência policial,
das injustiças e da exploração do povo, para acabarmos com a marginalização
social e a exclusão extrema que vêm gerando a pobreza e as desigualdades.
Seria fundamental, vermos os políticos demagogos expulsos do
Congresso, e da vida política para sempre e as leis serem respeitadas com
justiça e igualdade.
Seria glorioso, celebrarmos a vitória dos excluídos, contra
as desigualdades e a cruel insegurança do desamparo social, advindo do
monstruoso vampiro da Globalização, programada pelos banqueiros, tecnocratas e
burocratas, que só vivem para a ganância, o lucro e a exploração.
Seria ideal, que a Globalização econômica, a favor do homem,
significasse mesmo igualdade planetária, com justiça social, e com valores
éticos.
Meu sonho é rebelião e compromisso inviolável pela defesa da
justiça, da liberdade, da Ecologia e da espiritualidade, e principalmente, o
direito inexcedível de sonhar, mesmo utopicamente
Num mundo, onde a identidade se dilui a cada instante, e a
fera insaciável do individualismo, aliada ao egoísmo petrificam o coração
humano,
Seria miraculoso, se o meu sonho não fosse apenas um desejo
louco de um poeta sonhador, mas a gloriosa vitória de nossa perseverança e
desafios pelo amor e a favor da fraternidade, para a vida ser mais alegria,
felicidade, paz e amor.
Não temos de ter medo de amar o nosso próximo. Ser,
verdadeiramente, humano é amar o outro com amor. Os tempos atuais pedem mais
humanidade e transcendência ao ser humano. A tecnologia é uma conquista
intelectual, mas é a geradora da atrofia espiritual que vem insensibilizando o
homem. Não podemos esvaziar do nosso coração, a esperança de viver. A Paz na
Terra, depende do amor de cada homem. O bom combate é o que travamos, para
acabarmos com a omissão que alimenta a nossa sociedade egoísta, perversa e
excludente. Nós combatemos: NÓS, seres humanos sensíveis! Nós, que lutamos para
a luz da justiça entrar nos abismos da escuridão, que, ainda no século XXI,
estrangula a democracia, a igualdade e os direitos civis.
Nós, da resistência civil pacífica pela paz e a
não-violência, que queremos o fim dos preconceitos e de toda segregação racial,
étnica, sexual, política, cultural e religiosa. Nós, que lutamos pelos direitos
essenciais da mulher, das crianças, dos deficientes físicos, dos povos
indígenas, dos idosos e de todo aquele que é excluído, submetido, assassinado
ou perseguido socialmente.
Paz e amor!
Se não resistirmos, morreremos!
Vidocq Casas
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