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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Obama voltou

Obama voltou. Dessa vez não veio de trem mas trouxe a simpatia de sempre e a alegria peculiar de um vitorioso.Oba Obama voltou.  Veio impulsionado pela derrapada de Mitt Romey, embalado pela emoção dos amigos e simpatizantes, veio por concessão divina. Parece que Obama e Casa Branca foram feitos um para o outro, parece que o mundo precisa de Obama, parece que os Estados Unidos se apaixonou por ele.

Obama é mais que tudo isso, supera-se a cada turbulência política, a cada impasse democrata, a cada birra republicana. É um homem de princípios, obstinado, de convicção. Não se intimida fácil, sabe falar, sabe ouvir, sabe silenciar. Os mais próximos dizem que ele se posiciona bem nas mais diversas e adversas situações. De fato, Obama lida com o poder de forma natural, ostentando uma ligeira classe, uma certa discrição. Como todo político interpreta muitos personagens, todavia, não chega a ser um canastrão, o que se propõe a fazer faz bem feito, merece elogios. É um bom jogador, conhece bem o campo da administração pública, conhece as técnicas e as manhas dos sistemas ofensivo, intermediário e defensivo, ou seja, é coerente, persuasivo e dinâmico na difícil arte de governar.


Como todo mortal tem suas incongruências, suas discrepâncias, seus equívocos e lógico, seus admiradores e adversários, seus leais companheiros, seus desafetos. Também incomoda muita gente, a China que o diga. É visto com certa desconfiança pelas nações subdesenvolvidas as quais não conseguem se libertar do grilhão americano. 
Obama não polariza suas relações diplomáticas transitando com certa flexibilidade entre pontos considerados críticos e complexos da política externa, entretanto, quando tem de ser implacável mostra as unhas com determinação e coragem. Dono de profunda sensibilidade, já chorou em algumas ocasiões, mas como todo chefe de estado sabe agir com firmeza quando a situação exige, aliando os interesses do seu país a seus objetivos políticos. 

Na corrida presidencial jogos basquete às vésperas das eleições mantendo o gosto pelo esporte e pela forma física, oxigenando o cérebro para mais quatro anos de mandato. Sua conquista apertada nas urnas ganhou elasticidade na sua robusta busca pelo cargo do homem mais poderoso do mundo provando que ele faz do azedo limão uma limonada. Observado por esse ângulo é um herói, um gentleman, um homem de estilo. Num momento de lucidez saudou o adversário num tom cordial e convincente, com uma oratória curta, contudo enxuta, carregada pelo auspicioso apelo diplomático. Essa atitude um tanto inesperada estimulou mais seus eleitores deixando ressabiados àqueles que não queriam sua volta.

Neste ano que se inicia começa não um segundo mandato, mas sim a segunda parte da sua carreira pública colocando em prova seu tino administrativo. Que venha então o amanhã, o início de uma nova gestão. Que compromissos sejam honrados, que as reais e coletivas perspectivas de seus eleitores sejam atendidas. Oxalá o proteja, good luck president.

By Waldir José

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