Obama voltou. Dessa vez não veio de trem mas trouxe a simpatia de sempre e a alegria peculiar de um vitorioso.Oba Obama voltou. Veio impulsionado pela derrapada
de Mitt Romey, embalado pela emoção dos amigos e simpatizantes, veio por
concessão divina. Parece que Obama e Casa Branca foram feitos um para o outro,
parece que o mundo precisa de Obama, parece que os Estados Unidos se apaixonou
por ele.
Obama é mais que tudo isso, supera-se a cada turbulência política, a
cada impasse democrata, a cada birra republicana. É um homem de princípios,
obstinado, de convicção. Não se intimida fácil, sabe falar, sabe ouvir, sabe
silenciar. Os mais próximos dizem que ele se posiciona bem nas mais diversas e
adversas situações. De fato, Obama lida com o poder de forma natural,
ostentando uma ligeira classe, uma certa discrição. Como todo político
interpreta muitos personagens, todavia, não chega a ser um canastrão, o que se
propõe a fazer faz bem feito, merece elogios. É um bom jogador, conhece bem o
campo da administração pública, conhece as técnicas e as manhas dos sistemas
ofensivo, intermediário e defensivo, ou seja, é coerente, persuasivo e dinâmico
na difícil arte de governar.
Como todo mortal tem suas incongruências, suas discrepâncias, seus
equívocos e lógico, seus admiradores e adversários, seus leais companheiros,
seus desafetos. Também incomoda muita gente, a China que o diga. É visto com
certa desconfiança pelas nações subdesenvolvidas as quais não conseguem se
libertar do grilhão americano.
Obama não polariza suas relações diplomáticas transitando com certa
flexibilidade entre pontos considerados críticos e complexos da política
externa, entretanto, quando tem de ser implacável mostra as unhas com
determinação e coragem. Dono de profunda sensibilidade, já chorou em algumas
ocasiões, mas como todo chefe de estado sabe agir com firmeza quando a situação
exige, aliando os interesses do seu país a seus objetivos políticos.
Na corrida
presidencial jogos basquete às vésperas das eleições mantendo o gosto pelo
esporte e pela forma física, oxigenando o cérebro para mais quatro anos de
mandato. Sua conquista apertada nas urnas ganhou elasticidade na sua robusta
busca pelo cargo do homem mais poderoso do mundo provando que ele faz do azedo
limão uma limonada. Observado por esse ângulo é um herói, um gentleman, um
homem de estilo. Num momento de lucidez saudou o adversário num tom cordial e
convincente, com uma oratória curta, contudo enxuta, carregada pelo auspicioso
apelo diplomático. Essa atitude um tanto inesperada estimulou mais seus
eleitores deixando ressabiados àqueles que não queriam sua volta.
Neste ano que se inicia começa não um segundo mandato, mas sim a
segunda parte da sua carreira pública colocando em prova seu tino
administrativo. Que venha então o amanhã, o início de uma nova gestão. Que
compromissos sejam honrados, que as reais e coletivas perspectivas de seus
eleitores sejam atendidas. Oxalá o proteja, good luck president.
By Waldir José
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