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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Sermão da Montanha à luz do amor, da poesia, da compreensão e da Fraternidade

Bem-aventurados sejam todos aqueles que lutam sem medo pelo fim de toda exclusão social, política, econômica, cultural, étnica, sexual, racial, ecológica e espiritual, para tornar a vida mais bela, justa, digna e humana.

Se não resistirmos, morreremos!
Se é por liberdade, eu sou rebelde!
Vidocq Casas

Publico este trabalho, com o mesmo espírito de rebeldia, resistência e destemor de um ativo militante ecológico, sobrevivente, envolvido, há 58 anos, na luta redentora da defesa dos Direitos Humanos, para a garantia e aelevação social e ética da Cidadania.

É um poema fundamentalmente inspirado no amor e nas palavras sagradas de Nosso Senhor Jesus Cristo, no seu transcendental Sermão da Montanha, proferido, há 2008 anos atrás, como uma admoestação, alerta e esperança contra as maldades e violências cometidas contra o ser humano pelos “poderosos” malignos e seus tenebrosos seguidores. Acredito, só melhoraremos o mundo e a qualidade das nossas vidas com um homem mais solidário e fraterno, profundamente envolvido com o bem-estar do seu semelhante, e pela glorificação da preciosa família humana – a Humanidade.

                                    
                                           
A selvagem sociedade moderna do século XXI transformou-se num navio à deriva, infelizmente, próximo da destruição, principalmente, pela crescente tempestade de exclusões e tsunâmis de violências e falta de liberdade, em detrimento da vida.

Cabe a nós, seres humanos sensíveis e humanizados, com esperança, muito amor e extrema labuta tirarmos do coração e da alma, os monstros terríveis do individualismo, consumismo, comodismo, materialismo, ganância e ambição desenfreada. 

A marginalização crescente e a desumanização do ser humano só acabarão mesmo, se fizermos do deserto político e espiritual da civilização atual, um mundo novo.

Uma sociedade onde prevaleçam o amor e o respeito pela dignidade inalienável da vida e dos valores humanos.

Este meu poema, Sermão da Montanha, à luz da poesia e do amor, é a nossa rebelião pela Utopia indispensável para a cidadania ser um direito
universal. É o nosso grito de resistência e de amor, como sempre pregou Jesus, contra as iniqüidades.

Em nome da liberdade, da justiça e do amor, para uma Terra sem males, digo: Bem-aventurados sede todos vós, pobres, famintos, desempregados, perseguidos,abandonados,desesperados,aviltados,humilhados,desterrados, oprimidos, encarcerados, desaparecidos, doentes, torturados, reféns de
seqüestro, vítimas de massacres, mutilados, exilados, refugiados de guerra, mortos por balas perdidas, por falta de amor, impiedade, injustiças, por falta de solidariedade, de fraternidade e desrespeito à vida.


Ó Senhor, meu Pai, tu que és o doador da Vida e nos tem a todos no seu terno coração, como filhos, nos proteja de todos os males, principalmente, dos homens maus, violentos, insolidários, avarentos, amorais e sem bondade no coração, que só vivem e servem aos seus próprios interesses, escravos que são da ganância, egoísmo, individualismo e ambição desenfreada. Em nome da
Liberdade, da Justiça e pela Vida, repudiemos os maus:

Ai de vós, insensíveis banqueiros, empresários e economistas do FMI, que aliados a tecnocratas e burocratas pela globalização, vivem para o lucro fácil e a acumulação de riquezas, vampirizando, como um Drácula imperial, as economias e os recursos naturais dos países pobres, em detrimento de seus povos e provocando a degradação da diversidade planetária, adoecendo gravemente a Natureza e empobrecendo, cada vez mais, os trabalhadores, à custa de juros escorchantes, além de promoverem o crescimento do consumismo predatório, com a produção crescente de supérfluos, com a exclusão social e com o saque continental.

Ai de vós, controladores do poder, que iludem o povo com promessas eleitoreiras e demagógicas, promovendo o clientelismo, o corporativismo, o tráfico de influências, o nepotismo, o empreguismo e a deterioração do Estado e das Instituições em proveito próprio, de grupos e generalizando-se o caos dos serviços públicos, a imoralidade política, a corrupção, a apropriação indébita, e a degradação institucional.

Ai de vós, exploradores vampiros que sugam a vida e a liberdade dos povos, e malditos sejam aqueles que maltratam, exterminam, torturam, seqüestram, humilham, corrompem, roubam e violentam sexualmente, crianças, mulheres e idosos indefesos para saciarem suas sedes de interesses, maldade, sadismo e prazer masoquista.

Ai de vós, usurpadores do poder, déspotas que em nome da Justiça injusta e pelo poderio das armas e o aliciamento de soldados mercenários, dominam o povo,matam vidas preciosas, torturam e roubam, com a instalação de ditaduras e regimes de forças, sufocando as liberdades e os direitos humanos. Malditos sejam a guerra, e os terroristas que matam inocentes e pessoas indefesas, os técnicos da ciência e empresários financiadores do complexo-industrial-militar, que criam e vendem armas para matar, destruir e arrasar vidas e cidades, em proveito de lucro e interesses escusos, criando legiões de mutilados, e enlutando as famílias e matando jovens em nome da guerra pela Paz.

Maldito seja todo aquele que escraviza, martiriza ou preconceitua negros, deficientes, índios e outras etnias, ou persegue o ser humano, no seu inviolável direito de criar e professar religião, idéias e a liberdade de ser, viver, ir e vir.

Bendito seja todo aquele que nunca torturou,violentou, perseguiu ou matou e fez da Fraternidade e do Amor, a fonte perene de sua vida, para a cidadania ser universal e ecumênica.

Maldito seja o latifúndio, a espoliação, a tirania, a discriminação e a segregação racial, religiosa, cultural, social, sexual, econômica, ecológica e espiritual. Em verdade vos digo: ainda em vida, sereis dominados pelo remorso e se não se arrependerdes, queimareis eternamente no inferno da solidão espiritual.

Bem aventurados sejam todos os homens de boa vontade, que lutam e trabalham pela eqüidade social, desenvolvimento sustentável e a conservação ambiental para a sobrevivência da vida com alegria e dignidade, para o bem-estar da inteira família humana.

Malditos sejam os que obliteram a Reforma Agrária para o assentamento das famílias sertanejas e das comunidades pobres e carentes, e aqueles que roubarem as terras indígenas e promoverem a indústria da seca, roubando as verbas dos reservatórios de águas vivas em prol da sobrevivência.

Malditos sejam todos os que promovem, criam e produzem tecnologias, métodos e programas diretos ou subliminares de informação que possam anestesiar, obliterar, induzir, alienar o pensamento humano e a liberdade de expressão, por meio de doutrinação e lavagem cerebral, para dominação da consciência e dos sentimentos, pela Mídia visual, falada, escrita e televisiva, comandada pela Globalização da Informação, via Internet, através da ciência e técnicas de computação eletrônica,virtual e cibernética, em detrimento do homem, ocasionando a morte de sua alma e razão.

Malditos sejam os que usam a potência nuclear, para fins beligerantes e os que promoveram o genocídio programado de Hiroxima e Nagazaki, em explosões nucleares, e os países que continuam a realizar explosões atômicas experimentais e armas químicas e biológicas, em detrimento da vida e da sobrevivência da Terra e das gerações futuras.

Bem-aventurados os mártires e líderes da causa indígena, pela libertação do cativeiro escravagista e colonialista, os menores assassinados por policiais
bandidos fardados, os Sem-Terra, os Sem-Teto, os Bóias- Frias, os retirantes e vítimas da seca, e os operários violentados pelo genocídio imoral do pagamento de um salário mínimo, responsável pela destruição social da família, por promover assistência infra-humana e condições sociais indígnas à Cidadania.

Em verdade, vos digo: Bem aventurados os pastores, missionários, padres e freiras que trabalham e pregam o Evangelho da Fé Cristã, pela libertação espiritual da humanidade e os que guardam, no coração, a boa vontade e o destemor de ajudar a construir o verdadeiro Reino de Deus: a Terra Sem Males, verdadeiramente, de Paz e Amor.

Benditos e abençoados sejam os artistas, por promoverem a alegria e o prazer, através do sonho e do desafio da esperança: a utopia viva que criará um mundo novo alternativo e de felicidade para todos, para acabarem para sempre as trevas opressoras da exclusão que vêm transformando o ser humano em insumos, robot sem alma!

Se é por liberdade, eu sou rebelde!
Se não resistirmos, morreremos!
Paz e Amor

By Vidocq Casas
            




    






                                                

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