O BRASIL DO FUTURO

Embora ostentando severos problemas sociais que precisam ser solucionados, o Brasil avança economicamente e vem atraindo grandes investidores os quais mudarão a longo prazo a paisagem um tanto árida que estamos acostumados contemplar a décadas.

Ancorado numa plataforma de plena expansão, o Brasil do futuro vive hoje uma realidade bem diferente de, por exemplo, a dez anos atrás. Com a inclusão da classe C no mercado, crédito flexível, democratização do ensino superior e técnico além de uma sensível melhoria na renda do trabalhador, os negócios compulsoriamente tomaram outra direção para se adequar aos anseios e necessidades dessa clientela que além de numerosa passou a contar com maior poder de compra, exigindo eficácia nos serviços prestados por empresas privadas, questionando também as políticas públicas apresentadas pelo governo, criando com isso uma nova mentalidade coletiva, alterando sistematicamente o processo social, obtendo expectativa de vida mais positiva, abrangente, de perfil progressista.

Na visão do economista Hécio Tokeshi, ex-executivo do Banco Mundial, o Brasil caminha bem no setor econômico, o que falta segundo ele é a capacidade administrativa para fomentar poupança doméstica e otimizar a estrutura interna, ou seja, na prática ele está dizendo que não nos falta dinheiro e muito menos projetos, somos sim carentes de amadurecimento subjetivo, olhar estratégico e planejamento.

Como prova do crescimento brasileiro podemos citar para efeito meramente ilustrativo o apogeu da indústria automobilística. Nesse setor, os resultados são visíveis. O Brasil é o 4º maior vendedor de automóveis do mundo e só em 2012 produziu 3,8 milhões de unidades. A BMW por sua vez, sustenta um projeto ambicioso, vai investir R$ 550 milhões numa fábrica em Araquari (SC), e promete produzir anualmente 30 mil veículos; a inauguração do empreendimento está prevista para o final de 2014. Já a empresa Cherry de origem chinesa está investindo R$ 820 milhões em Jacareí no interior de São Paulo. As duas montadoras esperam empregar cerca de 20 mil funcionários o que sem dúvida aquecerá o mercado interno, criando novos postos de trabalho, além de elevar a autoestima e o padrão social dos futuros colaboradores.

Dificuldades no processo de desenvolvimento todos os países passam. Quando não há baixo fluxo de caixa existem os mecanismos que precisam ser implementados para que haja revolução dos velhos costumes e padrões, visando mudanças e progresso constante. Já as nações emergentes como é o caso do Brasil, a certas fragilidades nesses processos evolutivos o que obriga a busca de fundos financeiros a organismos internacionais através de linhas de financiamentos que assegurem a criação e manutenção de suas realizações internas. Além disso, numa economia de caráter mundial que interliga todas as nações do Globo Terrestre e suas variáveis, ficar numa situação de dependência é complicado, significa subordinação as demandas e a boa vontade alheia, as quais são agravadas por complexas estruturas de políticas fiscais e múltiplas retaliações que configuram rígidas barreiras que passam a existir mediante conflitos externos e internos. Perde-se com isso o poder de negociação, a conquista de indispensáveis privilégios e alguns mimos. A influência diminui, o ambiente diplomático fica tenso e a soberania sofre abalos expressivos.

No nosso caso estamos a caminho, o Brasil de hoje tem mais lucidez, mais autonomia, exibindo atitudes coerentes e vontade de crescer, acordando para um novo dia, deixando gradativamente para trás o pesadelo da estagnação. Precisamos fazer a nossa parte, precisamos trabalhar, estudar e ter fé. O BRASIL DO FUTURO NOS ESPERA.

Waldir José

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