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terça-feira, 30 de abril de 2013

DESENVOLVIMENTO X SUSTENTABILIDADE


O termo ecologia deixou de ser a suave utopia dos anos 80 transformando-se num tema que inclui compromisso social das empresas, maior participação governamental e valor econômico agregado ao mercado de negócios, ou seja se antes o meio ambiente só decorava as páginas da retórica idealista dos obstinados defensores da natureza, agora é parte integrante do cotidiano humano, tornando-se uma realidade inquestionável, em estado latente.

No cenário de economia globalizada em que vivemos, não basta apenas deter conhecimentos acadêmicos ou possuir somente supremacia profissional, é de vital importância que se ponha em prática o que precisa ser feito com dinamismo e espírito de liderança, visando a equação de questões crônicas e cruciais que se arrastam com o passar do tempo, sem portanto, abrir mão do desejo em superar os desafios que nos visitam, exigindo respostas proativas, elaboradas e coerentes com a dimensão das necessidades que se faz ou que venha a se fazer presente num dado momento, numa determinada situação.




O desenvolvimento humano é algo inerente ao homem tanto no aspecto subjetivo como no âmbito social. O termo sustentabilidade nos remete a um estilo de vida mais saudável, entretanto, ao meu parecer, está intimamente ligado a 5 processos que considero fundamentais nos dias de hoje, são eles: a esfera política, o universo científico, a educação tecnológica, o agronegócio, a seara industrial, fatores esses que nos empurram para um futuro virtual intenso, progressivo, imutável, ultradinâmico e indispensável a nossa sobrevivência daqui em diante. 

A indústria por exemplo, constitui o imperativo espaço produtivo, uma espécie de catapulta compulsória que rege a essência da economia na produção de bens e serviços necessários a humanidade. 

Da união desses processos surgem projetos que ao ser colocados em prática fazem o mundo girar. Por outro lado, sabemos que preservar a natureza é primordial, todavia, essa proteção precisa vir acompanhada de alta dose de sensatez para que seja possível olhar o amanhã com autenticidade, equilíbrio e dinamismo, mantendo-se o senso de respeito pela vida e responsabilidade constante pelas ações.




A princípio, o despertar de uma consciência mais transcendental pode parecer filosófica demais e um ponto inatingível devido a incômoda presença do egoísmo incrustado nas experiências da vida material, contudo, acredito ser difícil a existência de um modelo de vida qualitativo, abrangente, sustentável e humano sem a predominância de uma linha de raciocínio voltada para o bem na mente das pessoas, seja do homem mais simples ao mais “poderoso” que por ventura possa existir na face da terra. É importante ressaltar que qualidade de vida é um bem que precisa ser adquirido, conquistado e que já se encontra disponível, infelizmente para poucos.

Finalizando, é bom que se entenda que sustentabilidade não se opõem ao desenvolvimento, ambos caminham juntos, intercalam-se. O que está faltando são valores íntimos na vida administrativa, pública e privada, no espaço político. Falta ainda aquiescência e tolerância do poder econômico, ante as necessidades emergenciais, inadiáveis, para que floresça a harmonia necessária e recíproca, visando atingir um nível de vida suportável no planeta Terra, o qual já apresenta visíveis sinais de exaustão. 




É preciso ainda, que as pessoas observem o posicionamento de políticos e autoridades quando se pronunciam sobre o assunto para que não sejam vitimas de armadilhas verbais e frases de efeito, fugindo também de ecologistas sonhadores e catastróficos que vivem plantados num terreno poético demais e idealista ao extremo. 

Aprenda que sustentabilidade tem peso e valor econômico, tem tudo a ver com planejamento contábil, em síntese, tem um custo, assim como um padrão de vida mais natural requer um certo grau de poder aquisitivo, pois tem um preço ainda estratosféricos. Daí a necessidade de uma profunda reforma política e tributária, daí a urgência de cada um de nós ser mais humano.

Waldir José

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