O termo ecologia deixou de ser a
suave utopia dos anos 80 transformando-se num tema que inclui compromisso
social das empresas, maior participação governamental e valor econômico
agregado ao mercado de negócios, ou seja se antes o meio ambiente só decorava
as páginas da retórica idealista dos obstinados defensores da natureza, agora é
parte integrante do cotidiano humano, tornando-se uma realidade inquestionável,
em estado latente.
No cenário de economia globalizada em
que vivemos, não basta apenas deter conhecimentos acadêmicos ou possuir somente
supremacia profissional, é de vital importância que se ponha em prática o que
precisa ser feito com dinamismo e espírito de liderança, visando a equação de
questões crônicas e cruciais que se arrastam com o passar do tempo, sem
portanto, abrir mão do desejo em superar os desafios que nos visitam, exigindo
respostas proativas, elaboradas e coerentes com a dimensão das necessidades que
se faz ou que venha a se fazer presente num dado momento, numa determinada
situação.
O desenvolvimento humano é algo
inerente ao homem tanto no aspecto subjetivo como no âmbito social. O termo
sustentabilidade nos remete a um estilo de vida mais saudável, entretanto, ao
meu parecer, está intimamente ligado a 5 processos que considero fundamentais
nos dias de hoje, são eles: a esfera política, o universo científico, a
educação tecnológica, o agronegócio, a seara industrial, fatores esses que nos
empurram para um futuro virtual intenso, progressivo, imutável, ultradinâmico e
indispensável a nossa sobrevivência daqui em diante.
A indústria por exemplo,
constitui o imperativo espaço produtivo, uma espécie de catapulta compulsória
que rege a essência da economia na produção de bens e serviços necessários a humanidade.
Da união desses processos surgem projetos que ao ser colocados em prática fazem
o mundo girar. Por outro lado, sabemos que preservar a natureza é primordial,
todavia, essa proteção precisa vir acompanhada de alta dose de sensatez para
que seja possível olhar o amanhã com autenticidade, equilíbrio e dinamismo,
mantendo-se o senso de respeito pela vida e responsabilidade constante pelas
ações.
A princípio, o despertar de uma
consciência mais transcendental pode parecer filosófica demais e um ponto inatingível
devido a incômoda presença do egoísmo incrustado nas experiências da vida
material, contudo, acredito ser difícil a existência de um modelo de vida
qualitativo, abrangente, sustentável e humano sem a predominância de uma linha
de raciocínio voltada para o bem na mente das pessoas, seja do homem mais
simples ao mais “poderoso” que por ventura possa existir na face da terra. É
importante ressaltar que qualidade de vida é um bem que precisa ser adquirido,
conquistado e que já se encontra disponível, infelizmente para poucos.
Finalizando, é bom que se entenda que
sustentabilidade não se opõem ao desenvolvimento, ambos caminham juntos,
intercalam-se. O que está faltando são valores íntimos na vida administrativa,
pública e privada, no espaço político. Falta ainda aquiescência e tolerância do
poder econômico, ante as necessidades emergenciais, inadiáveis, para que
floresça a harmonia necessária e recíproca, visando atingir um nível de vida
suportável no planeta Terra, o qual já apresenta visíveis sinais de exaustão.
É
preciso ainda, que as pessoas observem o posicionamento de políticos e
autoridades quando se pronunciam sobre o assunto para que não sejam vitimas de
armadilhas verbais e frases de efeito, fugindo também de ecologistas sonhadores
e catastróficos que vivem plantados num terreno poético demais e idealista ao
extremo.
Aprenda que sustentabilidade tem peso e valor econômico, tem tudo a
ver com planejamento contábil, em síntese, tem um custo, assim como um padrão
de vida mais natural requer um certo grau de poder aquisitivo, pois tem um
preço ainda estratosféricos. Daí a necessidade de uma profunda reforma política
e tributária, daí a urgência de cada um de nós ser mais humano.
Waldir José
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