O fogo mais vivo é o da alma sonhadora!
O século XXI que deveria ser uma
Era de paz, amor e pela cidadania plena, infelizmente, é o milênio da exclusão
extrema e da violência generalizada, com o homem transformado na Fera da Vida.
É dever de todo homem de consciência lutar como uma obrigação individual contra
a passividade, a indulgência, o comodismo, a hipocrisia e a omissão. Produtos
malignos da insensibilidade e do egoísmo, que transformou a cidadania em refém
do Estado-Mercado, que trata o ser humano como um produto de consumo e massa
que toma a forma que os poderosos querem manipular e nos transforma em robôs e
insumos. Não podemos aceitar uma sociedade que não admite abertura plena às
liberdades e está estagnada pela prepotência vazia e radical, num mundo que
vegeta para os excluídos e abre todas as possibilidades, aspirações e ascensão
aos ricos e abastados, o topo da pirâmide social.
Neste Brasil 2014, repleto de protestos às
vésperas da Copa, mergulhado numa onda de protestos violentos que assolam o país
contra os gastos desnecessários com Estádios, obras mil e pessoal de segurança
que deveria ser uma obrigação direta do Estado é vital que o nosso sonho de um
mundo melhor se concretize para que tenhamos mais Escolas, Hospitais e
Assistência Social com dignidade ao povo, com garantia da cidadania e proteção
verdadeira aos Direitos Humanos. Proteção irrestrita aos excluídos, proteção
aos idosos e jovens. Um país sem preconceito e exclusão. Eis o meu grito de
consciência em defesa dos direitos humanos e do direito de sonhar:
Eu
tenho um sonho que é a minha Utopia indispensável para tornar a vida mais bela,
justa, liberta e humana, para o homem ser feliz, pacífico e fraternal. Este sonho é a minha fogueira de amor e de
liberdade, para acender as trevas e o coração das pessoas contra o desamor, a
solidão, a submissão, a exclusão, a violência e o egoísmo. Estes males terríveis que provocaram o caos
político, social, econômico, cultural, ecológico e, infelizmente, o espiritual,
em que mergulhou desastradamente a humanidade. Desumanizado e doente da alma, o
ser humano tornou-se algoz e o mega-inimigo da vida. O nosso Projeto de
Esperança, Paz, Liberdade e Solidariedade é a Utopia do amor universal. É esta
semente de consciência e de respeito à dignidade da vida que temos de plantar
em nossos corações, para chegarmos à glorificação da Vida.
Na
luta pela vida, ecoa o nosso grito destemido: Se não resistirmos, morreremos!
Estas palavras precisam prevalecer sobre o “Tsunâmi” inevitável da decadência
que vem solapando os valores que contam: bondade, compaixão e o respeito pelos
Direitos Humanos, que têm de ser inalienáveis. Se chegamos ao topo deste limiar
de destruição que colocou em risco os fundamentos sagrados da civilização, só
nos resta resistir, para a Utopia indispensável da Esperança ser a bandeira da
salvação e de redenção, para termos uma vida mais liberta e digna.
É
por isso que a liberdade é sempre um tempo novo de se viver, e como a luz azul
dos sonhos, brilha mais que todas as estrelas dos céus.
Seria
fantástico, vermos o povo organizado, consciente e unido, em movimentos
comunitários independentes, gerando seu próprio destino, com cidadania plena,
em níveis sociais verdadeiramente dignos, com participações maiores de
igualdade, liberdade e dignidade.
Seria
maravilhoso, vivermos a utopia indispensável que nos levasse a crer que a fome
pudesse ser erradicada; que todo homem pudesse morar e viver com decência,
tendo acesso à assistência social e médica, quando adoecesse e estivesse idoso,
recebendo do Estado, uma aposentadoria com assistência verdadeiramente humana.
Seria
admirável, celebrarmos o fim da destruição ambiental das nossas florestas,
oceanos, mares, rios e nascentes, para contemplarmos e vivermos uma Natureza
realmente sadia, sustentável, exuberante, sem poluição e sem o perigo de
pandemias avassaladoras, causadas por vírus letais, oriundos da falta de
saneamento básico e de cuidados essenciais com a saúde pública. A
responsabilidade universal precisa ser compartilhada, dentro do espírito de
solidariedade que vise a família humana: agora no presente e no futuro.
Seria
essencial, vivermos o fim dos medos, das guerras, da violência, do
narcotráfico, do banditismo organizado, da violência policial, das injustiças e
da exploração do povo, para acabarmos com a marginalização social e a exclusão
extrema que vêm gerando a pobreza e as desigualdades.
Seria
fundamental, vermos os políticos demagogos expulsos do Congresso, e da vida
política para sempre e as leis serem respeitadas com justiça e igualdade.
Seria
glorioso, celebrarmos a vitória dos excluídos, contra as desigualdades e a
cruel insegurança do desamparo social, advindo do monstruoso vampiro da
Globalização, programada pelos banqueiros, tecnocratas e burocratas, que só
vivem para a ganância, o lucro e a exploração.
Seria
ideal, que a Globalização econômica, a favor do homem, significasse mesmo
igualdade planetária, com justiça social, e com valores éticos.
Meu sonho é rebelião e
compromisso inviolável pela defesa da justiça, da liberdade, da Ecologia e da
espiritualidade, e principalmente, o direito inexcedível de sonhar, mesmo
utopicamente
Num
mundo, onde a identidade se dilui a cada instante, e a fera insaciável do
individualismo, aliada ao egoísmo petrificam o coração humano.
Seria
miraculoso, se o meu sonho não fosse apenas um desejo louco de um poeta
sonhador, mas a gloriosa vitória de nossa perseverança e desafios pelo amor e a
favor da fraternidade, para a vida ser mais alegria, felicidade, paz e amor.
Não
temos de ter medo de amar o nosso próximo. Ser, verdadeiramente, humano é amar
o outro com amor. Os tempos atuais pedem mais humanidade e transcendência ao
ser humano. A tecnologia é uma conquista intelectual, mas é a geradora da
atrofia espiritual que vem insensibilizando o homem. Não podemos esvaziar do
nosso coração, a esperança de viver. A Paz na Terra, depende do amor de cada
homem.
O bom combate é o que travamos, para acabarmos com a omissão que
alimenta a nossa sociedade egoísta, perversa e excludente. Nós combatemos: NÓS,
seres humanos sensíveis! Nós, que lutamos para a luz da justiça entrar nos
abismos da escuridão, que, ainda no século XXI, estrangula a democracia, a
igualdade e os direitos civis.
Nós,
da resistência civil pacífica pela paz e a não-violência, que queremos o fim
dos preconceitos e de toda segregação racial, étnica, sexual, política,
cultural e religiosa. Nós, que lutamos pelos direitos essenciais da mulher, das
crianças, dos deficientes físicos, dos povos indígenas, dos idosos e de todo
aquele que é excluído, submetido, assassinado ou perseguido socialmente.
Paz e amor! Se não resistirmos,
morreremos!
Vidocq
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